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Angela Merkel é eleita pela 4ª vez como chanceler da Alemanha

O mandato, que provavelmente será seu último, promete ser o mais complicado até agora, uma vez que irá liderar uma coalizão frágil

Merkel: os parlamentares reelegeram Merkel, de 63 anos, por 364 a 315 votos, com 9 abstenções (Hannibal Hanschke/Reuters)

Merkel: os parlamentares reelegeram Merkel, de 63 anos, por 364 a 315 votos, com 9 abstenções (Hannibal Hanschke/Reuters)

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EFE

Publicado em 14 de março de 2018 às 08h22.

Última atualização em 14 de março de 2018 às 09h25.

Berlim - O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, nomeou formalmente nesta quarta-feira a chanceler Angela Merkel depois de ela obter apoio majoritário no Bundestag (Parlamento) para o quarto mandato, com o voto de conservadores e social-democratas.

A rápida cerimônia aconteceu no Palácio de Bellevue, a residência oficial do presidente, apenas uma hora depois de o Parlamento reeleger a política.

Ela já jurou o cargo no Bundestag. A previsão é de que ela volte ainda hoje ao Bellevue para o nomeação de todos os ministros do novo Executivo.

"Juro dedicar todas as minhas forças para o bem-estar do povo alemão, multiplicar os seus lucros, evitar prejuízos, garantir e defender a constituição e as leis do país, cumprir com as minhas obrigações e ser justa com todo mundo", disse ela, lendo o artigo 56 da Lei Fundamental.

No Bundestag, Merkel recebeu o apoio de 364 deputados, dos 692 votos emitidos - o mínimo era 355 -, enquanto 315 votaram contra, nove se abstiveram e quatro anularam. Isto significa que 35 deputados da grande coalizão não apoiam Merkel (não estavam presentes ou não votaram 'sim') atualmente, já que entre a União Democrata-cristã (CDU) da chanceler, a União Social-cristã da Baviera (CSU) e os parceiros do Partido Social-democrata (SPD) somam 399 cadeiras.

Depois de quase seis meses de bloqueio político em Berlim, ela começa o quarto mandato seguido, o seu terceira ao lado dos social-democratas.

As eleições de 24 de setembro deixaram o Parlamento fragmentado e poucas opções de formar um governo estável pela queda dos dois grandes partidos - conservadores e social-democratas - e a súbita ascensão do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD). O AfD se transformou, devido a um acordo de coalizão, na maior força da oposição, na primeira vez no Bundestag, com 92 postos.

O Parlamento tem representantes de Partido Liberal (FDP), com 80 cadeiras; Esquerda, com 69; Os Verdes, com 67; e dois independentes, que se separaram da direita radical nos estágios iniciais da legislatura. No novo Executivo nove pastas estão nas mãos dos conservadores (entre elas, Interior, Economia e Defesa) e seis nas dos social-democratas (como Relações Exteriores, Finanças e Trabalho).

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