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Merkel e Putin defendem "solução política" na Síria

Segundo os líderes da Alemanha e da Rússia, o plano Annan "pode ser um ponto de partida" para essa solução

Putin ressaltou que "a Rússia não apoia nenhuma das partes de onde possa vir o perigo de guerra civil na Síria"
 (John Macdougall/AFP)

Putin ressaltou que "a Rússia não apoia nenhuma das partes de onde possa vir o perigo de guerra civil na Síria" (John Macdougall/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2012 às 11h32.

Beirute - O presidente russo, Vladimir Putin, em visita a Berlim, e a chanceler Angela Merkel se pronunciaram nesta sexta-feira a favor de uma "solução política" na Síria, durante uma coletiva de imprensa conjunta à imprensa.

"Nós dois expressamos a nossa convicção de que seria preciso encontrar uma solução política" para a crise na Síria, declarou a chanceler, considerando que o plano Annan "pode ser um ponto de partida".

"É preciso fazer de tudo no Conselho de Segurança da ONU para que esse plano seja implementado", insistiu.

O presidente russo, por sua vez, considerou que não se pode "fazer nada pela força" nesta crise e ressaltou que "a Rússia não apoia nenhuma das partes de onde possa vir o perigo de guerra civil na Síria".

Ele afirmou que surgem sinais "precursores" de guerra civil no país. "Isso é extremamente perigoso", alertou.

Sobre a gravidade dos eventos na Síria, "nosso julgamento não é diferente", considerou Merkel, frisando "a situação terrível" no país. "Uma guerra civil não interessa a ninguém", disse ela, acrescentando que "cada um deve tentar dar a sua contribuição".

Após a visita a Berlim, Putin irá à França para se reunir pela primeira vez com o presidente François Hollande, com quem jantará nesta sexta-feira à noite no Eliseu.

A Rússia vem bloqueando há meses, assim como a China, qualquer sanção contra as autoridades sírias por parte do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Após o massacre da cidade síria de Houla, que deixou 108 mortos, os ocidentais elevaram o tom na terça-feira, com a maior parte deles decidindo expulsar os representantes diplomáticos sírios de suas capitais.

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