Vladimir Putin, presidente russo: Merkel e Hollande enfatizam que, se Putin não contribuir enfrentará sanções econômicas (Alexei Nikolskiy/RIA Novosti/Kremlin/Reuters)
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2014 às 09h34.
Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande, pediram enfaticamente neste sábado à Rússia para cooperar para eleições 'incontestáveis' na Ucrânia, contribuam para a estabilização, e advertiram sobre 'consequências' caso não coopere.
Em uma entrevista coletiva conjunta em Stralsund (Alemanha) ao final de uma visita informal de dois dias de Hollande ao distrito eleitoral da chanceler, o presidente francês assegurou que é um 'objetivo' e uma 'exigência' do eixo franco-alemão que as eleições presidenciais de 25 de maio na Ucrânia sejam um sucesso.
Somente se essas eleições tiverem 'regularidade' e 'transparência' totais, o presidente que for eleito terá a 'legitimidade indispensável' para realizar as tarefas que tem pela frente, defendeu Hollande.
Entre elas, o governante destacou a estabilização do país, o fim da violência e a reforma 'indispensável' da constituição para que se possa fazer uma nova carta magna de caráter integrador que leve em conta as várias minorias da Ucrânia.
Os líderes do eixo franco-alemão exigiram da Rússia uma 'redução visível' da presença de suas forças militares junto à fronteira ucraniana, como explicou Hollande, que acrescentou que a Alemanha e a França não são as únicas potências com 'responsabilidade' no conflito.
Além disso, em comunicado conjunto divulgado pouco depois, Merkel e Hollande enfatizam que, se Moscou não contribuir para a realização de eleições democráticas, deverá enfrentar as 'consequências', em referência a sanções econômicas.
Além disso, ambos reafirmaram seu compromisso com o governo de Kiev, ao qual ratificaram sua intenção de continuar cooperando no âmbito econômico para sustentar sua estabilização, embora tenham pedido para acabar com suas ofensivas militares contra os insurgentes do leste até as eleições.
O comunicado conjunto destaca que as cinco prioridades para a crise da Ucrânia são: a realização de eleições, a redução da violência, o diálogo nacional, o processo constitucional e a cooperação econômica. EFE