Angela Merkel durante cerimônia de assinatura do tratado para um governo de coalizão com Horst Seehofer, líder da União Social Cristã, e Sigmar Gabriel, líder do Partido Social Democrata (Tobias Schwarz/Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 15h30.
Berlim - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, da União Democrata Cristã (CDU), assinou oficialmente nesta segunda-feira (16) o acordo para a formação de um governo de ampla maioria no país.
Também firmaram o pacto os líderes do Partido Social Democrata (SPD), Sigmar Gabriel, e da União Social Cristã (CSU) -- representação da CDU na Baviera --, Horst Seehofer.
Amanhã (17), Merkel terá seu terceiro mandato confirmado pelo Bundestag, o Parlamento alemão. Gabriel será o vice-chanceler do país, além de assumir o Ministério da Economia e Energia.
A aliança entre as duas legendas mais votadas nas eleições de setembro tornou-se necessária após a CDU-CSU conquistar uma ampla maioria (41,5%), mas não absoluta.
Contudo, a coalizão não é inédita na Alemanha. No primeiro período de Merkel no poder (2005-2009), o partido da chanceler governou ao lado do SPD. Já na legislatura seguinte (2009-2013), os democratas-cristãos se aliaram aos liberais-democratas - mais próximos do ponto de vista ideológico -, que não conseguiram renovar suas cadeiras no Congresso.
No entanto, Merkel teve que fazer concessões importantes para facilitar a aprovação do acordo, como instituir um salário mínimo de 8,50 euros por hora a partir de 2015. A medida era um dos pontos centrais do programa do SPD e condição essencial para a formação de uma coalizão.
Os sociais-democratas também conseguiram um aumento das pensões para os trabalhadores mais desprotegidos e mães de família, além da possibilidade de se aposentar aos 63 anos para quem tem 45 de contribuição.