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Merkel: Aplicação das reformas na Grécia é essencial

A chefe do governo alemão admitiu que os cortes impostos ao país endividado em troca de dois pacotes de ajuda são "difíceis", mas "devem prosseguir"

Angela Merkel pediu que seja dado um tempo a Atenas para "analisar os resultados da eleição" e determinar "quais fórmulas são possíveis para um novo governo" (Fabrizio Bensch/Reuters)

Angela Merkel pediu que seja dado um tempo a Atenas para "analisar os resultados da eleição" e determinar "quais fórmulas são possíveis para um novo governo" (Fabrizio Bensch/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2012 às 10h16.

Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, disse nesta segunda-feira que a aplicação das reformas na Grécia é essencial após a derrota dos partidos favoráveis à austeridade nas eleições de domingo no país.

"Está claro que é essencial que os programas (de reformas) prossigam na Grécia", declarou a chefe do governo alemão ao comentar os resultados das eleições gregas de domingo nas quais os partidos contrários à austeridade registraram resultados surpreendentes.

Merkel, para quem a receita para sair da crise da dívida na qual a Europa está mergulhada é a disciplina fiscal, reconheceu que os resultados das eleições gregas não estão isentos de "complicações".

Ela pediu que seja dado um tempo a Atenas para "analisar os resultados da eleição" e determinar "quais fórmulas são possíveis para um novo governo".

A chefe do governo alemão admitiu que os cortes impostos ao país endividado em troca de dois pacotes de ajuda são "difíceis", mas, apesar disso, "devem prosseguir".

Os dois principais partidos gregos -o Pasok (socialista) e a Nova Democracia (direita) - obtiveram juntos 32,1% dos votos, em vez dos 77,4% das eleições de 2009, ficando com 149 dos 300 assentos do Parlamento. Isto torna mais complicada a formação do novo governo.

No entanto, os eleitores fartos de dois anos de cortes votaram nos partidos que se opõem às receitas estipuladas pela comunidade internacional para sair da crise, que ficaram com 151 cadeiras, com 99% dos votos apurados.

O partido neonazista Amanhecer Dourado (Chryssi Avghi) faz uma entrada triunfal no Parlamento pela primeira vez desde o fim da ditadura militar de 1974, com 21 assentos.

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