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Merkel alerta que dois terços dos alemães podem contrair coronavírus

Alemanha já relatou 1.296 casos e confirmou três mortes relacionadas ao coronavírus

Angela Merkel: "Como o vírus está por aí, e a população não tem imunidade e não existe vacinação ou terapia" (/Piroschka Van De Wouw/Reuters)

Angela Merkel: "Como o vírus está por aí, e a população não tem imunidade e não existe vacinação ou terapia" (/Piroschka Van De Wouw/Reuters)

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Reuters

Publicado em 11 de março de 2020 às 13h25.

Última atualização em 11 de março de 2020 às 13h26.

Berlim — A Alemanha gastará o que for necessário para combater o coronavírus, que pode infectar até 70% da população da maior economia da Europa, disse a chanceler alemã, Angela Merkel, nesta quarta-feira

"Faremos o que precisarmos para passar por isso. E no final veremos o que isso significa para nosso orçamento", disse Merkel a repórteres, parecendo se distanciar da prática alemã de evitar novos financiamentos.

Embora tenha admitido que não sabe como a crise se desenrolará, Merkel disse que o risco é enorme.

"Como o vírus está por aí, e a população não tem imunidade e não existe vacinação ou terapia, uma porcentagem alta --especialistas falam em 60% a 70% da população-– será infectada se este continuar sendo o caso".

A Alemanha já relatou 1.296 casos, de acordo com o Instituto Robert Koch para o Controle de Doenças, e confirmou três mortes relacionadas ao coronavírus.

A chanceler falou depois que o jornal de grande vendagem Bild a repreendeu pelo que classificou como "o caos do corona". "Nada de aparições, nada de discurso, nada de liderança na crise", escreveu o jornal.

Merkel exortou os alemães a atentarem para sua higiene pessoal e seus contatos, recomendando que se olhem nos olhos "um segundo a mais" ao invés de apertar as mãos.

"Faremos o que for necessário como país, e isso também juntamente com a Europa", acrescentou a chanceler, que conversou com outros líderes da União Europeia e com a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, na noite de terça-feira.

"Ainda não podemos medir as consequências econômicas... mas reagiremos", afirmou Merkel, cujo governo promete um estímulo "oportuno e específico".

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