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Merkel admite erros da Alemanha e da UE sobre refugiados

Chanceler alemã disse que o país e a UE vão precisar de paciência e perseverança para lidar com a migração


	Angela Merkel: chanceler alemã disse que o país e a UE vão precisar de paciência e perseverança para lidar com a migração
 (Reuters/Stefanie Loos)

Angela Merkel: chanceler alemã disse que o país e a UE vão precisar de paciência e perseverança para lidar com a migração (Reuters/Stefanie Loos)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2016 às 19h41.

Berlim - A Alemanha e outros países da União Europeia (UE) fizeram vista grossa por tempo demais para a crise de refugiados que ganhava forma nas suas fronteiras externas, disse a chanceler alemã, Angela Merkel, numa entrevista a um jornal que será publicada nesta quarta-feira.

Merkel, que tem enfrentado críticas na Alemanha por conta da sua política de um ano atrás de acolher refugiados, também disse ao Sueddeutsche Zeitung que o país e a UE vão precisar de paciência e perseverança para lidar com a migração de pessoas para a Europa.

"Há temas políticos que você pode ver que estão vindo, mas eles ficam registrados de fato com as pessoas naquele determinado momento, e na Alemanha nós ignoramos tanto o problema por tempo demais quanto bloqueamos a necessidade de se encontrar uma solução pan-europeia”, declarou ela.

Merkel fez os comentários numa incomum análise autocrítica que parece ter sido programada para o aniversário de um ano nesta quarta-feira da sua famosa declaração “wir schaffen das”, ou “nós podemos fazer isso”, quando perguntada sobre a crescente onda de refugiados.

O partido conservador dela deve sofrer em duas eleições regionais no mês que vem, em parte por causa das políticas dela para os refugiados.

Ela declarou que a Alemanha, que recebeu a maior parte dos mais de um milhão de refugiados que vieram do Oriente Médio e da Ásia para a UE no ano passado, havia deixado a Espanha e outros países de fronteira do bloco lidar sozinhos com refugiados. "Naquele momento, nós também rejeitamos uma distribuição proporcional de refugiados”, afirmou.

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