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Merkel admite 'crise da dívida' na zona do euro

Chanceler alemã também rejeitou a emissão de bônus integrados da Europa em sua declaração

Angela Merkel, chanceler da Alemanha: "devemos ser competitivos" (Wikimedia Commons)

Angela Merkel, chanceler da Alemanha: "devemos ser competitivos" (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2011 às 10h50.

Madri - A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que o euro não está em crise, mas admitiu que existe uma crise "de endividamento em alguns Estados" e "um problema de competitividade" em outros países da Eurozona, falando nesta quinta-feira à televisão espanhola.

"Não temos uma crise do euro, o que temos é uma crise de endividamento em alguns Estados - e, em outros, um problema de competitividade", declarou Merkel, que está em Madri.

"Não precisamos de uma refundação do euro, e sim que fazer com que o euro seja mais competitivo, mantendo o pacto de estabilidade e crescimento no futuro", explicou a chanceler.

Além disso, rejeitou a ideia de um "eurobônus" comum aos países do bloco.

"Acho que os eurobônus não são a resposta certa, porque isso significaria que todos pagaríamos a mesma taxa de juros pelas dívidas, e assim ficaria pouco claro quem está se esforçando mais e quem se esforça menos e precisa se esforçar mais", argumentou.

Em visita oficial a Madri para participar da 23ª cúpula Espanha-Alemanha, Merkel ressaltou que "o momento é importante".

"Devemos ser competitivos (...), porque a concorrência no mundo é dura".

"Em alguns momentos, tivemos discussões polêmicas, mas agora encontramos um caminho conjunto; este caminho chama-se solidariedade, estabilidade e competitividade", afirmou.

"Isso não significa, porém, que nós vamos consertar tudo".

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