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Merkel aceita limitar número de refugiados na Alemanha

A decisão da chanceler foi tomada após pressão de conservadores, que reivindicavam um endurecimento de sua política migratória após as eleições legislativas

Um acordo entre os conservadores sobre a política migratória alemã nos próximos anos era uma condição prévia para formar um novo Governo de coalizão (Wolfgang Rattay/Reuters/Reuters)

Um acordo entre os conservadores sobre a política migratória alemã nos próximos anos era uma condição prévia para formar um novo Governo de coalizão (Wolfgang Rattay/Reuters/Reuters)

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AFP

Publicado em 9 de outubro de 2017 às 06h28.

A chanceler Angela Merkel aceitou, neste domingo (8), pela primeira vez, estabelecer uma meta anual de refugiados acolhidos pela Alemanha, diante da pressão dos conservadores, que reivindicavam um endurecimento de sua política migratória após as eleições legislativas.

O projeto acordado depois de uma reunião de crise entre a CDU, o Partido Democrata-Cristão de Merkel, e seu aliado bávaro, a CSU, prevê a meta de acolher 200.000 refugiados por ano.

"Queremos conseguir que o número de pessoas acolhidas por motivos humanitários não passe de 200.000 ao ano", diz o texto firmado por ambos os partidos. Dessa forma, a CDU e a CSU esperam resolver um conflito iniciado há dois anos.

Merkel e o presidente da CSU, Horst Seehofer, querem apresentar os detalhes sobre o acordo em uma entrevista coletiva amanhã, ao meio-dia, em Berlim.

Fruto de cerca de dez horas de negociação, o texto também aborda a necessidade de agrupar os novos demandantes de asilo em determinados centros, enquanto seus pedidos são avaliados. Hoje, os refugiados são distribuídos em centros de acolhida de todo país.

Um acordo entre os conservadores sobre a política migratória alemã nos próximos anos era uma condição prévia para formar um novo Governo de coalizão.

Ainda falta saber a opinião dos outros dois partidos, com os quais Merkel deve iniciar negociações para formar uma aliança majoritária: os liberais e, sobretudo, os Verdes, os quais defendem uma política migratória mais generosa.

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