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Mergulhadores dizem ter achado sino no fundo de rio

Equipe de mergulhadores afirma no fundo do rio Yangon o lendário sino de um pagode saqueado por um mercenário português há 400 anos

Equipe local faz buscas pelo sino no Rio Yangon, na Birmânia (Ye Aung Thu/AFP)

Equipe local faz buscas pelo sino no Rio Yangon, na Birmânia (Ye Aung Thu/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2014 às 12h52.

Yangon - Uma equipe de mergulhadores birmaneses afirma ter encontrado no fundo do rio Yangon o lendário sino de um pagode saqueado por um mercenário português há quatro séculos.

Diante dos olhares de uma multidão fascinada, dezenas de mergulhadores escassamente equipados passaram semanas explorando as águas agitadas deste rio, com a esperança de encontrar o sino Dhammazedi.

Antes deles, outros caçadores de tesouros fracassaram na tentativa de encontrar o sino do pagode Shwedagon, roubado no século XVII e cujo peso teria afundado o barco que o transportava.

"Depois de ter pedido a autorização de todas as pessoas nobres e dos santos, declaramos que encontramos o sino Dhammazedi", indicou em um comunicado o responsável pelas tarefas de busca, San Lin, sem apresentar a prova de suas afirmações.

Alguns historiadores birmaneses estão perplexos e duvidam inclusive da existência do sino.

O ceticismo pode ser explicado em parte pelos métodos dos mergulhadores, que não utilizaram o equipamento moderno da exploração submarina e preferiram se esforçar em acalmar o espírito do dragão que, segundo eles, protege o sino.

"Invocando os espíritos, os dragões e os pássaros da mitologia e seguindo os conselhos dos astrólogos não é possível encontrar nada", disse Chit San Win, da Comissão de História birmanesa, interrogada pela AFP.

San Lin prometeu de qualquer forma tirar o sino da água nos próximos dias.

O sino de bronze pesaria 294 toneladas, o equivalente a um Boeing 777.

Os historiadores acreditam que o rei-monge Dhammazedi presenteou o pagode Shwedagon com o famoso sino em 1484.

Posteriormente, ele foi roubado pelo mercador português Filipe de Brito e Nicote, que queria fundi-lo para fabricar canhões.

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