Mundo

Mercosul irá discutir entrada de Bolívia e Equador

"O presidente da Bolívia (Evo Morales) deu declarações públicas sobre o interesse de acelerar o processo de integração ao Mercosul'', disse Antônio Simões


	O Brasil confirmou a presença dos presidentes de Argentina, Cristina Kirchner; Uruguai, José Mujica; Bolívia, Evo Morales, e Equador, Rafael Correa
 (Santiago Mazzarovich/AFP)

O Brasil confirmou a presença dos presidentes de Argentina, Cristina Kirchner; Uruguai, José Mujica; Bolívia, Evo Morales, e Equador, Rafael Correa (Santiago Mazzarovich/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2012 às 19h13.

A reunião do Mercosul que será celebrada nesta sexta-feira em Brasília consolidará sua primeira ampliação em 20 anos, com o ingresso pleno da Venezuela, e será palco do debate sobre a entrada de Bolívia e Equador, disse nesta quarta-feira o subsecretário-geral da América do Sul da Chancelaria brasileira, Antônio Simões.

A entrada da Venezuela foi aprovada pelos presidentes dia 31 de julho e entrou em vigor em agosto.

"O presidente da Bolívia (Evo Morales) deu declarações públicas sobre o interesse de acelerar o processo de integração ao Mercosul. Esse é um ponto que os ministros e os presidentes tratarão nos próximos dois dias", disse Simões.

"Outro país que está trabalhando seu ingresso é o Equador, tenho certeza de que também avançaremos muito", afirmou.

O chanceler boliviano, David Choquehuanca, informou em novembro que seria iniciado um processo de diálogo na cúpula do Mercosul em Brasília, que seria "um processo de trabalho para a incorporação boliviana ao bloco".

O Brasil confirmou a presença dos presidentes de Argentina, Cristina Kirchner; Uruguai, José Mujica; Bolívia, Evo Morales, e Equador, Rafael Correa. Sobre Chávez, a chancelaria brasileira indicou que "espera indicações" do governo.

O Paraguai, outro membro pleno do Mercosul, não participará do encontro, pois está suspenso do bloco pela destituição do presidente Fernando Lugo por parte do congresso.

As sessões começarão na quinta-feira, às vésperas da reunião presidencial, com uma reunião de ministros da Fazenda e de Relações Exteriores do Mercosul, e seguirão com um fórum empresarial na sexta-feira, quando se reunirão os presidentes.

O representante da Chancelaria brasileira disse que são esperados anúncios de que a Venezuela começará no início de 2013 a aplicar algumas normas e a adotar a nomenclatura comercial do Mercosul, adiantando-se parcialmente aos quatro anos previstos para ele.


Os venezuelanos, no entanto, vivem entre boatos e dúvidas por causa da ausência do presidente Hugo Chávez.

Apesar da importância que tem o Mercosul para a Venezuela, nesta quarta-feira ainda não se sabia se seu presidente, Hugo Chávez, participaria dela. Chávez viajou há uma semana para Cuba para exames médicos e desde então não se pronunciou mais publicamente.

Na terça-feira passada, o presidente, de 58 anos, que em julho se declarou totalmente livre do câncer, voltou a viajar por um período indefinido a Havana, depois de ter pedido autorização à Assembleia Nacional, para se submeter a um tratamento de oxigenação hiperbárica.

Mas desta vez, ao contrário do que ocorreu na maioria das viagens anteriores da ilha, não houve nem discurso de despedida antes de embarcar no avião, nem mensagens de twitter, nem fotografias na imprensa.

Apenas um comunicado do jornal oficial cubano Granma foi divulgado em sua chegada a Havana, além de várias declarações de membros do governo assegurando que o presidente, que não aparece em público desde 15 de novembro, está bem.

Outro tema da agenda da cúpula é o incentivo à participação empresarial. Para isso, foi convocado um fórum empresarial do Mercosul.

O bloco reúne 270 milhões de habitantes.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaMercosulPolítica

Mais de Mundo

Putin sanciona lei que anula dívidas de quem assinar contrato com o Exército

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA