Repórter
Publicado em 14 de setembro de 2025 às 09h54.
A assinatura do Acordo de Livre Comércio entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), marcada para esta terça-feira, 16, no Rio de Janeiro, como antecipou a EXAME, consolida uma negociação iniciada há mais de oito anos.
A nova zona de livre comércio abrangerá cerca de 300 milhões de pessoas e representa um mercado conjunto com Produto Interno Bruto (PIB) superior a US$ 4,3 trilhões, segundo dados oficiais dos dois blocos.
A EFTA é composta por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, que juntos somam cerca de 15 milhões de habitantes e têm um PIB agregado de US$ 1,4 trilhão. O Mercosul, por sua vez, reúne Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Bolívia (em processo de adesão).
O acordo prevê acesso preferencial a mais de 97% das exportações entre os blocos, com impacto direto sobre tarifas e cotas comerciais. No caso do Brasil, aproximadamente 99% do valor exportado para a EFTA será beneficiado com isenção tarifária ou acesso facilitado.
As tratativas formais começaram em janeiro de 2017, com a primeira rodada realizada em Buenos Aires. Ao longo de 14 rodadas de negociação, o acordo foi finalizado na 66ª Cúpula do Mercosul, em julho de 2025.
A assinatura ocorre durante a Presidência Pro Tempore Brasileira (PPTB), que propôs como meta a modernização da união aduaneira e a ampliação da rede de acordos internacionais do bloco.
Outro ponto de destaque será o apoio formal à adesão plena da Bolívia, que elevará o número de membros efetivos do Mercosul de quatro para cinco.