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Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2010 às 06h47.
Washington - O Federal Reserve (Fed, banco central americano) iniciará na terça-feira uma reunião de dois dias, um encontro no qual mais uma vez a atenção dos mercados está na linguagem que usar em seu comunicado, porque ninguém aposta por mudanças nos juros.
A ausência de inflação dá margem ao banco central para continuar com sua política monetária que, desde dezembro de 2008, mantém abaixo de 0,25% a taxa básica de juros, a fim de incentivar o crescimento econômico.
Em seu boletim mais recente, o Fed indicou que a economia dos Estados Unidos, estimulada em grande medida pela despesa dos consumidores e as empresas, se fortaleceu em todo o país em abril e maio.
Mesmo assim, o presidente do organismo, Ben Bernanke, disse recentemente no Congresso que a reativação econômica, apesar de ser sustentada pela demanda privada, não é tão forte como ele desejaria e que os riscos procedentes da crise da dívida na Europa poderiam requerer mais intervenção do banco central.
Por isso, a atenção dos mercados esta semana, da mesma forma que nas últimas duas reuniões do banco, continua focalizada na avaliação que fizer da economia. Vai se prestar especial atenção a pistas que apontem para o grau e o ritmo de retirada dos estímulos que o banco central aplicou, em medida sem precedentes, perante a crise financeira de 2008.
O Departamento de Trabalho informou na semana passada que o custo de vida caiu, pelo segundo mês consecutivo nos Estados Unidos, com uma queda do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de 0,2%, o que assinala que a maior economia do mundo continua se recuperando sem ameaça de inflação.
A diminuição no IPC foi a maior desde dezembro de 2008 e seguiu a uma queda em abril de 0,1%.O núcleo da inflação, que exclui os preços da energia e dos alimentos, foi de 0,1% no mês passado. Em um ano, o IPC subiu 2%, um ritmo menor que os 2,2% anualizados registrados em abril. O núcleo da inflação desde maio de 2009 foi de 0,9%, de acordo com os números do Governo.
O Federal Reserve prefere como medida da inflação em seus cálculos a longo prazo outro dado do Departamento de Comércio: o índice de preços em despesas de consumo pessoal, excluídos os dos alimentos e dos combustíveis. A autoridade monetária americana considera aceitável uma alta de 1,7% a 2% neste índice. Nos 12 meses até abril houve um aumento de 1,2%.
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