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Mercadante: Japão mostrou necessidade de segurança nuclear

Ministro da Ciência e Tecnologia falou sobre a necessidade de acelerar o desenvolvimento na área

Aloizio Mercadante: ministro voltou a defender construção de Angra 3 (Marcello Casal Jr/ABr)

Aloizio Mercadante: ministro voltou a defender construção de Angra 3 (Marcello Casal Jr/ABr)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2011 às 15h55.

Brasília - O ministro da Ciência e Tecnologia (MCT), Aloizio Mercadante, disse hoje (7) que o Brasil está atento à necessidade de acelerar o desenvolvimento tecnológico para o uso pacífico da energia atômica, ao destacar a importância desse recurso “para a geração de energia elétrica e para o uso na medicina e na área industrial". Ele ponderou, no entanto, que os problemas ocorridos na Usina de Fukushima Daiichi, no Nordeste do Japão, devem servir de lição. A unidade registrou explosões e vazamentos após o terremoto seguido por tsunami, em 11 de março.

“O Brasil tem que usar a lição dada pelos transtornos ocorridos no Japão, em consequência de desastre natural, e reforçar a segurança nos projetos nacionais, inclusive na área do rejeito do lixo nuclear", disse Mercadante.

O ministro destacou que o Brasil "fez a opção pelo uso da energia nuclear para fins pacíficos.” Ele lembrou a importância da construção da Usina Nuclear Angra 3, que deverá gerar mais de 1.400 megawatts. As obras devem terminar em 2015, ao custo de quase US$ 5 bilhões.

Nos próximos 20 anos, o Brasil deverá construir oito centrais nucleares, de acordo com a Eletronuclear. De toda a energia elétrica produzida no país, apenas 5% vêm das usinas nucleares Angra 1 e 2, contra 85% de geração hidrelétrica.

Mercadante falou sobre o assunto ao dar posse ao novo presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Ângelo Padilha. Estudioso do assunto há 35 anos, Padilha lembrou que o uso da energia nuclear envolve também a preocupação com a prospecção das reservas minerais usadas nos reatores. Ele destacou que "as tecnologias envelhecem rapidamente por isso é preciso continuar as pesquisas para aprofundar o conhecimento nessa área".

O novo presidente da Cnen substitui Odair Gonçalves, que ficou oito anos no cargo.

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