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Contra Mercadante, Alckmin critica gestão de Guarulhos

Tucano criticou falta de esgoto na cidade da grande São Paulo administrada pelo PT

O programa de Geraldo Alckmin acusou Guarulhos de ser a maior responsável pela poluição do Rio Tietê (Arquivo)

O programa de Geraldo Alckmin acusou Guarulhos de ser a maior responsável pela poluição do Rio Tietê (Arquivo)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

São Paulo - O programa do candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, centralizou as críticas na administração petista na cidade de Guarulhos, governada por Sebastião Almeida, como forma de atacar seu principal adversário, o candidato do PT ao governo Aloizio Mercadante.

Alckmin não falou sobre o assunto, tratado por um locutor que criticou a ausência de tratamento de esgoto na cidade e a cobrança antecipada do serviço por parte da prefeitura. Para este fim, foram gastos 1 minuto e meio do total de 6 minutos e 56 segundos do programa.

"Guarulhos, uma cidade com mais de um milhão de habitantes que não tem tratamento de esgoto. Mas o Mercadante diz que tem", afirma. "Em dez anos de administração petista, o tratamento de esgoto da cidade ainda é uma promessa. De acordo com a Cetesb, Guarulhos é responsável por 60% da sujeira que vai pro Rio Tietê até a barragem da Penha."

Entrevistas com a população da cidade reclamando das ações da prefeitura também foram exibidas. "Que vergonha hein? E o Mercadante ainda tem coragem de citar Guarulhos como bom exemplo de administração do PT", provoca o locutor, que acusa Mercadante de mentir ao dizer que a cidade da Região Metropolitana de São Paulo conta com duas estações de tratamento de esgoto já inauguradas, que tratariam 53% da cidade. Imagens das estações, ainda em construção, também foram mostradas no programa. "Pois é a prefeitura não trata o esgoto, mas cobra como se o serviço fosse completo", critica.

Mercadante, por sua vez, preencheu a maior parte de seu programa com imagens do comício do último sábado (18) em Campinas, que teve a presença do presidente Lula e da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Por diversas vezes, o programa exibiu partes do discurso do presidente pedindo votos para Mercadante e criticando o governo de São Paulo e o PSDB. "É uma questão de honra a gente eleger esse companheiro governador de São Paulo. Não é possível que o Estado mais rico da federação, que o Estado que deveria ser exemplo de politização nesse País, possa ter um retrocesso votando em alguém que nós sabemos que não tem a alma do povo brasileiro", disse Lula.

No comício, Mercadante criticou a aprovação automática na educação e prometeu ser "o governador da educação". "A responsabilidade da educação é minha, e quem nunca fez tem que ser reprovado nas urnas", disse o candidato. "Aqui os tucanos entenderam que o mercado iria resolver o problema da educação. Você, companheiro e companheira, que confia naquilo que nós temos feito no governo federal, que apoia Lula e Dilma, no dia 3 de outubro vote Aloizio Mercadante", completa Lula.

Paulo Skaf (PSB) voltou a exibir o programa em que critica o voto no candidato a deputado federal, Tiririca (PR). "O voto no Tiririca não é um voto a favor. É um voto contra. Não é brincadeira, é coisa séria". Celso Russomanno (PP) pediu a ajuda de mulheres para que entrem em sua campanha como voluntárias. Fábio Feldmann (PV) prometeu adotar ações para evitar o caos climático, enchentes e tragédias.

Mancha (PSTU) criticou as filas para exames e consultas nos hospitais públicos. Igor Grabois (PCB) afirmou que os programas habitacionais do governo federal e estadual privilegiam as construtoras em detrimento da população. Anaí Caproni (PCO) criticou a concessão de estradas e a qualidade do transporte público, e Paulo Búfalo (PSOL), os baixos salários dos professores do Estado.

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