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Menores aguardam em corredores da morte no Irã

O encarregado do sistema judicial iraniano, aiatolá Sadegh Larijani, disse em 2014: "não temos nenhuma execução de pessoas menores de 18" anos


	Prisão: o encarregado do sistema judicial iraniano, aiatolá Sadegh Larijani, disse em 2014: "não temos nenhuma execução de pessoas menores de 18" anos
 (Richard Bouhet/AFP)

Prisão: o encarregado do sistema judicial iraniano, aiatolá Sadegh Larijani, disse em 2014: "não temos nenhuma execução de pessoas menores de 18" anos (Richard Bouhet/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2016 às 16h41.

O Irã é o principal país do mundo em execução de menores de idade, denunciou nesta terça-feira a Anistia Internacional, que acusou a República Islâmica de torturar para obter confissões.

A organização de defesa dos direitos humanos, sediada em Londres, informou que o Irã "encabeça a sinistra classificação mundial de carrascos de delinquentes juvenis", com 73 sentenças de morte entre 2005 e 2015, incluindo pelo menos quatro no ano passado.

"O Irã é um dos poucos países que continua executando delinquentes menores, numa violação flagrante à proibição legal absoluta de executar pessoas que eram menores de 18 anos no momento do crime", disse o diretor-adjunto para o Oriente Médio da Anistia, Said Boumedouha.

Segundo a ONG, a maioria das execuções conhecidas no Irã ocorreram por assassinato, estupro, crimes relacionados com drogas e um ligado à segurança nacional, conhecido como "inimizade contra Deus".

O encarregado do sistema judicial iraniano, aiatolá Sadegh Larijani, disse em 2014: "não temos nenhuma execução de pessoas menores de 18" anos.

A Anistia afirma que o Irã nunca anuncia oficialmente a execução de alguém condenado por um crime cometido quando era menor.

Segundo cifras de 2014 da ONU, há pelo menos 160 pessoas menores de 18 anos no corredor da morte no Irã e a Anistia acredita que a cifra seja maior.

"O informe apresenta um panorama profundamente angustiante dos delinquentes juvenis que definham no corredor da morte, privados de valiosos anos de suas vidas, frequentemente após ser condenados à morte em julgamentos injustos, baseados inclusive em confissões arrancadas com torturas e maus tratos", disse Boumedouha.

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