Mundo

Menina paquistanesa Malala pede para dialogar com os talibãs

A adolescente paquistanesa de 16 anos sobreviveu a disparos dos talibãs por defender a educação feminina em seu país

Malala discursa ao receber prêmio: "a melhor maneira de superar os problemas e lutar contra a guerra é através do diálogo", disse (REUTERS/Luke MacGregor)

Malala discursa ao receber prêmio: "a melhor maneira de superar os problemas e lutar contra a guerra é através do diálogo", disse (REUTERS/Luke MacGregor)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2013 às 06h32.

Londres - Malala Yousafzai, a adolescente paquistanesa de 16 anos que sobreviveu a disparos dos talibãs por defender a educação feminina em seu país, pediu para dialogar com os militantes para resolver os problemas e alcançar a paz.

Malala vive atualmente na cidade inglesa de Birmingham após ser levada do Paquistão para ser atendida no hospital Queen Elizabeth dos graves ferimentos sofridos em outubro de 2012, quando recebeu um tiro na cabeça e outro no pescoço.

Em entrevista que a "BBC" divulgará nesta segunda-feira, Malala disse que "a melhor maneira de superar os problemas e lutar contra a guerra é através do diálogo. Esse não é um assunto meu, esse é o trabalho do Governo (...) e esse é também o trabalho dos EUA".

A jovem considerou importante que os talibãs expressem seus desejos, mas insistiu que "devem fazer o que querem através do diálogo. Matar, torturar e castigar gente vai contra o Islã. Estão utilizando mal o nome do Islã".

Em sua entrevista à "BBC", Malala também assegura que ela gostaria voltar algum dia ao Paquistão para entrar na política.

"Vou ser política no futuro. Quero mudar o futuro do meu país e quero que a educação seja obrigatória", disse a jovem, que há alguns meses pronunciou um discurso na ONU e foi acompanhada pelo ex-primeiro-ministro do Reino Unido, o trabalhista Gordon Brown.

"Eu espero que chegue o dia em que o povo do Paquistão seja livre, tenha seus direitos, paz e que todas as meninas e crianças vão à escola", ressaltou a menor, se expressando com eloquência e muita segurança cada vez que fala da situação em seu país. 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEducaçãoPaquistãoTerrorismo

Mais de Mundo

Saúde do Papa Francisco: Vaticano diz que condições estão melhorando, mas sem previsão de alta

Delegação de Canadá viaja para Washington e tentar evitar tarifas de Trump

Atropelamento em massa em Israel deixa ao menos 13 feridos e polícia prende suspeito

Fundador do PKK defende dissolução da guerrilha curda após 40 anos de conflito