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Menina afegã diz que família tentou usá-la em missão suicida

Taleban queria usá-la como “garota-bomba” para atacar um posto policial; agora ela está sob proteção do governo

EXAME.com (EXAME.com)

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Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 10 de janeiro de 2014 às 09h46.

São Paulo - Uma menina afegã chamada Sphozmay, de 10 anos de idade, contou que estava sendo pressionada por sua família para servir de “garota-bomba” em um atentado suicida.

Ela conta que o ataque seria contra um posto policial na fronteira do Afeganistão, na província de Helmand.

A história foi relatada pela CNN, mas ainda não se sabe como os policiais conseguiram impedir o ataque.

O presidente do país, Hamid Karzai, ficou sabendo do caso e se manifestou.

“As crianças são o futuro do país. Deveriam ser criadas, educadas. Não deveriam ser usadas como ferramentas para ataques suicidas”, disse.

Karzai disse que a menina já está sob proteção do governo. O irmão de Sphozmay se chama Zahir e é um comandante do Taleban. É conhecido como Hameed Sahib.

A menina relatou que foi levada até perto do posto policial, onde lhe deram uma roupa com explosivos.

A instrução dada era para atravessar o rio, passar a noite em uma casa abandonada e ir para o posto policial pela manhã.

Quando entrou na água, entretanto, ela começou a gritar. Policiais ouviram os gritos e foram até lá. Antes de chegarem, o irmão de Sphozmay pegou a roupa com a bomba e foi embora.

Nos últimos anos, a polícia afegã prendeu muitas crianças suicidas. Em 2013, 41 foram interceptadas antes de serem efetivamente usadas pelos terroristas. Elas tinham entre 6 e 11 anos.

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