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Membros do EI que fugiam de Fallujah são dizimados no Iraque

Em pleno deserto, dezenas de picapes, caminhonetes e caminhões foram destruídos quando se dirigiam às zonas que o EI ainda controla no Iraque e na vizinha Síria


	Bombardeios: em pleno deserto, dezenas de picapes, caminhonetes e caminhões foram destruídos quando se dirigiam às zonas que o EI ainda controla no Iraque e na vizinha Síria
 (Ahmed Saad / Reuters)

Bombardeios: em pleno deserto, dezenas de picapes, caminhonetes e caminhões foram destruídos quando se dirigiam às zonas que o EI ainda controla no Iraque e na vizinha Síria (Ahmed Saad / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2016 às 13h51.

Mais de 150 extremistas do grupo Estado Islâmico (EI) morreram em bombardeios aéreos que destruíram 260 veículos quando fugiam da cidade de Fallujah, recentemente retomada pelas forças iraquianas.

Em pleno deserto, dezenas de picapes, caminhonetes e caminhões foram destruídos quando se dirigiam às zonas que o EI ainda controla no Iraque e na vizinha Síria.

Nesta paisagem plana, os veículos divididos em vários comboios não conseguiram escapar dos precisos bombardeios lançados de helicópteros ou aviões, segundo imagens divulgadas pelo ministério iraquiano da Defesa.

Os bombardeios, iniciados na noite de terça-feira, eram dirigidos contra combatentes que fugiam das últimas posições controladas pelo grupo jihadista em Fallujah, disse o Centro de Coordenação de Operações contra o EI.

"Nossos heróis da aviação militar destruíram mais de 200 veículos", afirmou o porta-voz Yahya Rasool, em referência a um grande comboio formado por centenas de carros que se dirigiam ao deserto a partir do sul de Fallujah, tentando alcançar zonas que o EI ainda controla, perto da fronteira com a Síria.

Rasool disse que mais de 150 combatentes morreram nos ataques, mas não esclareceu como eles foram contabilizados e identificados.

Ao menos outros 60 veículos foram destruídos posteriormente por outros ataques aéreos no noroeste da cidade, disse à AFP o comandante do Centro de Operações de Anbar, Ismail Mahalawi, que não pôde informar o número de jihadistas mortos nos ataques.

Tentativa desesperada

"Tratava-se de uma tentativa desesperada por parte dos terroristas de fugir as suas zonas de Al Qaim, perto da fronteira com a Síria, e de Tartar", explicou Mahalawi.

Tartar é um lago no Eufrates entre as províncias de Anbar e Salahedin, em pleno deserto. Dali, os jihadistas podem chegar a Mossul, a segunda cidade do Iraque, e que já é o único reduto que segue nas mãos do EI.

As forças iraquianas recuperaram completamente o controle de Fallujah, reduto emblemático do EI a apenas 50 quilômetros de Bagdá, após uma vasta operação lançada em maio. Os jihadistas também perderam o controle de Tikrit e Ramadi.

Para esta última operação, as tropas iraquianas foram apoiadas pelos bombardeios realizados pelos aviões da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, que realizaram centenas de saídas.

Segundo os relatórios militares, os jihadistas não tiveram outra opção a não ser fugir de Fallujah em comboios, pegando estradas totalmente descobertas, uma tentativa classificada de quase suicida.

O chefe da aviação iraquiana, em um vídeo divulgado pelo ministério da Defesa, disse que a maioria dos jihadistas mortos "eram combatentes estrangeiros que não aceitaram se render as nossas forças" em Fallujah. Os que fugiram "deixaram os cadáveres no deserto, e levaram com eles alguns feridos", acrescentou o general Hamed al Maliki.

Não é possível determinar quantos jihadistas puderam fugir e conseguiram chegar às zonas controladas pelo EI.

Após sua vitória em Fallujah, as forças iraquianas se concentram agora em recuperar Mossul (norte), cidade em direção à qual avançam a partir do sul e do leste.

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