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Membro do Hamas é indiciado por morte de 3 israelenses

Um tribunal militar de Israel indiciou um membro do Hamas como mentor do sequestro e do assassinato de três jovens israelenses


	Militantes palestinos de grupo armado ligado ao Hamas em funeral de colega
 (Said Khatib/AFP)

Militantes palestinos de grupo armado ligado ao Hamas em funeral de colega (Said Khatib/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2014 às 14h30.

Jerusalém - Um tribunal militar de Israel indiciou nesta quinta-feira Hussam Hassan Kawasme, membro do Hamas, como o mentor do sequestro e do assassinato de três jovens israelenses em junho.

Segundo a imprensa local, que cita fontes da Agência de Segurança de Israel, Shin Bet, Kawasme é acusado de ter recebido dinheiro de seu irmão em Gaza para planejar a captura e a morte dos jovens.

Eles eram estudantes em um seminário rabínico na Cisjordânia, e foram encontrados mortos após mais de duas semanas de buscas no fim de junho.

Hussam foi detido pelo Shin Bet quando tentava fugir para a Jordânia com uma identidade falsa e ajuda de parentes na cidade de Hebron.

Seu irmão, Hasim Kawasme, cumpria pena de prisão perpétua por ter participado de um atentado a bomba nas imediações de um centro de eventos em Jerusalém, que causou a morte de uma turista britânica e deixou dezenas de feridos. Mas foi liberado em uma troca de prisioneiros em 2011 pelo soldado israelense Gilad Shalit, detido na época pelo Hamas.

De acordo com a imprensa local, Hussam admitiu estar envolvido no plajamento da operação que matou os três jovens israelenses durante interrogatório. Além disso, identificou dois comparsas, já considerados pelas forças de segunrança de Israel como os principais suspeitos: Marwan Kawasme e Amar Abu Aisha, ambos ainda foragidos.

Durante a operação policial realizada após o desaparecimento dos jovens, em junho, o Hamas negou qualquer vínculo com o ataque.

No entanto, no fim de agosto, Saleh al-Arouri, membro de destaque no grupo islamita, reconheceu a autoria da ação em uma conferência na Turquia, e a qualificou como uma "heroica operação".

A tensão causada pela morte dos três jovens acirrou o clima entre os dois países, e acabou motivando Israel a deflagrar, em junho, grande operação militar na Palestina, que já deixou milhares de pessoas mortas.

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