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Membro da Guarda Revolucionária: Impasse EUA-Irã é "choque de vontades"

A tensão entre os dois países aumentou depois que os EUA enviaram mais forças militares ao Oriente Médio e aplicaram novas sanções contra o Irã

EUA-Irã: "Se o Irã quiser lutar, esse será o fim oficial do Irã", escreveu Trump em uma rede social (Carlos Barria/File Photo/Reuters)

EUA-Irã: "Se o Irã quiser lutar, esse será o fim oficial do Irã", escreveu Trump em uma rede social (Carlos Barria/File Photo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de maio de 2019 às 12h13.

Genebra — O impasse entre o Irã e os Estados Unidos é um "choque de vontades", disse um comandante de alto escalão da Guarda Revolucionária iraniana nesta quinta-feira, insinuando que qualquer inimigo que se "aventurar" enfrentará uma reação esmagadora, relatou a agência de notícias Fars.

As tensões entre os dois países aumentaram depois que os EUA enviaram mais forças militares ao Oriente Médio, em uma demonstração de força contra o que autoridades norte-americanas dizem ser ameaças iranianas às suas tropas e seus interesses na região.

"O confronto e o enfrentamento da República Islâmica do Irã e do governo maligno da América é a arena de um choque de vontades", disse o chefe do Estado Maior das Forças Armadas do Irã, general Mohammad Baqeri.

Ele lembrou uma batalha da Guerra Irã-Iraque de 1980 a 1988 na qual seu país foi vitorioso e disse que o desfecho poderia ser a mensagem de que o Irã terá uma "reação dura, esmagadora e aniquiladora" contra qualquer inimigo que se "aventurar

No domingo, o presidente dos EUA, Donald Trump, tuitou: "Se o Irã quiser lutar, esse será o fim oficial do Irã. Nunca mais ameacem os Estados Unidos!"

Trump restaurou as sanções a Teerã no ano passado e as intensificou neste mês, ordenando que todos os países parem de importar petróleo iraniano se não quiserem enfrentar suas próprias sanções.

Ele quer que o regime se sente para negociar um novo acordo com mais restrições aos seus programas nuclear e de mísseis.

Reiterando a postura do Irã, o porta-voz do Supremo Conselho de Segurança Nacional disse nesta quinta-feira que "não haverá nenhuma negociação entre o Irã e a América".

Segundo citações da emissora estatal, Keyvan Khosravi também disse que algumas autoridades de vários países visitaram o Irã recentemente, "a maioria representando os Estados Unidos".

Ele não detalhou, mas o ministro das Relações Exteriores de Omã, que já ajudou a encaminhar negociações entre o Irã e os EUA, visitou Teerã na segunda-feira.

"Sem exceção, a mensagem de poder e resistência da nação iraniana foi transmitida a eles", disse.

Em Berlim, uma fonte diplomática alemã disse à Reuters que Jens Ploetner, diretor político da chancelaria da Alemanha, está em Teerã nesta quinta-feira para se reunir com autoridades iranianas para tentar preservar o acordo nuclear firmado com o Irã em 2015 e diminuir as tensões na região.

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