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Membro da equipe de defesa de Trump renuncia

Mark Corallo coordenava a comunicação externa da equipe jurídica de Trump contra a crise

Donald Trump: o advogado não forneceu qualquer explicação para a renúncia (Yuri Gripas/Reuters)

Donald Trump: o advogado não forneceu qualquer explicação para a renúncia (Yuri Gripas/Reuters)

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AFP

Publicado em 21 de julho de 2017 às 13h13.

Última atualização em 21 de julho de 2017 às 13h15.

Um importante membro da equipe legal de Donald Trump renunciou nesta sexta-feira (21), num momento em que o presidente americano parece querer influenciar a investigação de um promotor especial sobre as ligações de sua equipe com a Rússia durante a campanha eleitoral do ano passado.

Mark Corallo, que coordenava a comunicação externa da equipe jurídica de Trump contra a crise, informou à AFP em um e-mail que havia renunciado.

Ele não forneceu qualquer explicação para a renúncia, que ocorre após Trump entrar em território espinhoso durante uma longa entrevista ao New York Times, ao advertir o promotor especial Robert Mueller de não questionar as finanças da sua família.

Nomeado em meados de maio pelo secretário de Justiça, Mueller, um ex-diretor do FBI, lidera a investigação federal sobre se os colaboradores de Trump foram coniventes com as tentativas de Moscou de influenciar a eleição presidencial de 2016 nos Estados Unidos.

Trump rejeita as acusações, mas não conseguiu justificar por que seu filho mais velho e outros aliados-chave se reuniram com agentes russos que prometeram detalhes comprometedores de sua rival Hillary Clinton.

Enquanto a investigação parece dirigir suas atenções às transações financeiras, a imprensa americana indicou que vários aliados de Trump avaliam a possibilidade de perdões presidenciais aos envolvidos e buscam maneiras de desacreditar a investigação de Mueller.

Trump sugeriu diretamente que Mueller pode ter um conflito de interesses.

"Não há NENHUMA base para questionar a integridade de Mueller ou daqueles que trabalham com ele", declarou o ex-procurador-geral Eric Holder.

"Trump não pode definir ou limitar a investigação de Mueller. Se tentar isso vai criar problemas constitucionais e de dimensão criminal", acrescentou.

A Casa Branca recusou-se a descartar a possibilidade de que Mueller seja demitido, uma decisão que iria desencadear uma tempestade política e, talvez, uma crise constitucional.

Trump já demitiu e diretor do FBI, James Comey, em razão da investigação sobre a Rússia e criticou seu próprio secretário de Justiça.

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