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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h36.
Brasília - Henrique Meirelles manteve nesta terça-feira o suspense sobre se permanecerá ou não à frente do Banco Central, a quatro dias do prazo limite para os titulares de cargos no Executivo deixarem suas funções se quiserem disputar as eleições de outubro.
Meirelles disse a jornalistas que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que ele fique no BC até o fim do governo.
"Eu pedi a ele (Lula) 24 horas para pensar sobre este pedido dele e, portanto, amanhã eu vou dar uma resposta final ao presidente se de fato eu fico no Banco Central, conforme o pedido dele, até o final do mandato, ou se eu de fato iria sair para contemplar uma via eleitoral", disse Meirelles a jornalistas, após se reunir com Lula.
Desde que anunciou sua filiação ao PMDB em setembro do ano passado, o presidente do BC criou expectativa sobre sua participação nas eleições deste ano.
Inicialmente cotado para disputar o governo de Goiás, essa possibilidade acabou descartada com a candidatura do prefeito de Goiânia e companheiro de partido, Iris Rezende --confirmada nesta terça-feira.
As outras opções seriam disputar uma cadeira no Senado ou tentar se viabilizar para ser o vice na chapa liderada pela ministra Dilma Rousseff (PT) na disputa à Presidência. Essa hipótese, no entanto, esbarra no fato de o PMDB ter no seu presidente, e presidente da Câmara, deputado Michel Temer, o nome para essa função.
"Ele (Lula) me fez um pedido para que eu fique no Banco Central até o final deste governo para completar o trabalho de estabilização da economia brasileira e também para assegurar que entregaremos ao próximo governo um Estado crescendo, com inflação na meta e todas as condições para que o Brasil possa manter este ritmo de crescimento nos próximos anos", disse Meirelles.
"A opinião dele (Lula) é que, se depender dele, eu fico no Banco Central."
O encontro de Meirelles com Lula ocorreu em meio a uma verdadeira romaria de ministros se reunindo com o presidente para definir a permanência ou não no governo.