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Meio milhão de galinhas morrem com calor de 43 graus

Conhecido como a "capital nacional dos ovos", município de Bastos, em São Paulo, produz mais de 14 mil ovos por dia. Segundo avicultor, produtividade deve cair 10% em função do calor

Galinhas (Joern Pollex/Getty Images)

Galinhas (Joern Pollex/Getty Images)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 29 de novembro de 2012 às 14h17.

São Paulo – O verão promete fortes emoções para o pequeno município de Bastos, a 536 km de São Paulo, conhecido como a “capital nacional do ovo”. Uma onda de calor recente levou à morte cerca de 500 mil galinhas produtoras. Há três semanas, os termômetros chegaram a marcar nada menos do que 43 graus celsius.

“Se até pra gente é difícil aguentar, imagina para as aves”, comenta o presidente do Sindicato Rural de Bastos, Wellington Koga. “No calor, elas deixam de comer, ficam fracas e acabam morrendo”. E não tem refresco.

De acordo com o avicultor, na maior parte das granjas, a ventilação é natural. Então quando o calor chega, é sentido. Felizmente, situações extremas são bem raras. “Normalmente, nos dias mais quentes [a temperatura] chega aos 38 graus”, comenta.

As baixas representam de 2% a 3% do total de galinhas produtoras da cidade, calcula o avicultor. E a população que sobreviveu também não deve continuar o trabalho como antes. “A produtividade geral deve cair 10%”, estima Koga.

Os números curiosos de Basto:

A produção de Bastos em 2011 representou 60% do total produzido no Estado e 20% da produção nacional. Por dia são 14.409.174 ovos ou 40.025 caixas de 30 dúzias, ou ainda, 72 caminhões com 550 caixas de 30 dúzias. Por hora são 600.388 ovos, ou 10.006 ovos por minuto ou 166 por segundo.

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