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Médicos Sem Fronteiras admite 24 casos de abusos sexuais em 2017

A MSF informou que não irá detalhar onde trabalham os empregados acusados nem onde aconteceram as denúncias para proteger às vítimas

Médicos sem Fronteiras: (Denis Balibouse/Reuters)

Médicos sem Fronteiras: (Denis Balibouse/Reuters)

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EFE

Publicado em 14 de fevereiro de 2018 às 16h39.

Paris - A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) comunicou nesta quarta-feira que registrou 24 casos internos de assédio ou de abusos sexuais ao longo de 2017 e 19 pessoas foram demitidas por conta disso.

A organização, fundada em Paris em 1971, explicou em comunicado que das 146 queixas recebidas, 24 delas eram casos de assédio ou de abusos sexuais. Atualmente, a entidade tem 40 mil funcionários espalhados pelo mundo.

Esta revelação da MSF veio depois do escândalo da organização britânica Oxfam, de que ex-diretores e voluntários acobertar em orgias e pagaram prostitutas no Haiti, em 2010.

A MSF informou que não irá detalhar onde trabalham os empregados acusados nem onde aconteceram as denúncias para proteger às vítimas.

"Um dos principais desafios para MSF é eliminar os obstáculos enfrentados pelas pessoas que podem alertar sobre o abuso. Precisamos aumentar e melhorar os nossos esforços de conscientização em torno dos mecanismos de queixa", explicou.

De acordo coma a ONG, a pequena quantidade de denúncias se deve ao estigma que persegue quem apresenta uma denúncia.

"Os motivos dessa subnotificação provavelmente são semelhantes aos encontrados globalmente na sociedade, seja medo de não acreditar, estigma associado ao abuso e medo de represálias. Isso é ainda mais evidente nos contextos de crise em que a MSF opera, como as zonas de conflito, onde muitas vezes não há um mecanismo de proteção para as vítimas, um alto nível de violência generalizada e impunidade, e onde as populações podem ser altamente dependentes de assistência externa", afirmaram.

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