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Médicos Sem Fronteira vão testar tratamento contra ebola

Testes vão verificar como o plasma do sangue retirado de sobreviventes do ebola funciona na cura de pacientes infectados


	Médicos sem Fronteiras, em Monróvia, Libéria: resultados preliminares podem estar disponíveis em fevereiro de 2015, disse o MSF em comunicado
 (Zoom Dosso/AFP)

Médicos sem Fronteiras, em Monróvia, Libéria: resultados preliminares podem estar disponíveis em fevereiro de 2015, disse o MSF em comunicado (Zoom Dosso/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2014 às 12h20.

Londres - Testes clínicos com três tratamentos contra ebola vão começar a ser realizados em dezembro, na Guiné e na Libéria, em centros de saúde administrados pela organização Médico Sem Fronteiras, disse na quinta-feira o grupo.

Os testes feitos separadamente, envolvendo centenas de pacientes, são destinados a avaliar as drogas brincidofovir, da empresa norte-americana Chimerix, e favipiravir, da japonesa Fujifilm. Os testes vão verificar como o plasma do sangue retirado de sobreviventes do ebola funciona na cura de pacientes infectados.

Resultados preliminares podem estar disponíveis em fevereiro de 2015, disse o MSF em comunicado.

Os estudos não usarão grupo placebo (que recebe substância inócua) e vão envolver somente pacientes com ebola que concordaram em participar do experimento. Os pesquisadores vão monitorar os pacientes e coletar dados sobre a taxa de sobrevivência e outros efeitos. Os testes podem ser interrompidos se o tratamento mostrar benefícios ou danos claros.

Annick Antierens, um médico que coordena as parcerias investigativas com o MSF, afirmou que a cooperação envolvendo a condução dos testes não tem precedentes e "representa esperança para pacientes que finalmente recebem um tratamento real".

A epidemia de ebola na África Ocidental já infectou mais de 13.000 pessoas, a grande maioria na Guiné, Serra Leoa e Libéria, e matou cerca de 5.000 delas, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os três testes serão liderados por equipes diferentes. A Universidade de Oxford ficará encarregada pelo da Libéria e o holandês Instituto de Medicina Tropical da Antuérpia e o Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica, da França, vão coordenar dois outros testes na Guiné.

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