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Médicos italianos entram em greve contra cortes

Milhares de médicos entraram em greve para protestar contra cortes no serviço de saúde do país, aumentando a pressão sobre o governo de Letta

Protesto de médicos em frente ao Ministério da Economia em Roma: manifestantes exigiam mais recursos públicos para o sistema de saúde (Alessandro Bianchi/Reuters)

Protesto de médicos em frente ao Ministério da Economia em Roma: manifestantes exigiam mais recursos públicos para o sistema de saúde (Alessandro Bianchi/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2013 às 16h09.

Roma - Milhares de médicos entraram em greve por toda a Itália nesta segunda-feira para protestar contra cortes no serviço de saúde do país, aumentando a pressão sobre o governo do primeiro-ministro Enrico Letta, que busca mais maneiras de reduzir gastos.

Cerca de cem médicos que participaram da greve de quatro horas se reuniram em frente ao Ministério da Economia, em Roma, agitando faixas e exigindo mais recursos públicos para o sistema de saúde.

"Queremos defender um serviço público que está cada vez mais empobrecido e que não é mais capaz de garantir o cuidado adequado ao povo", disse Massimo Cozza, chefe do braço médico do maior sindicato da Itália, o CGIL, que participou do protesto no ministério.

Ele disse que o serviço de saúde pública da Itália tinha atingido "os limites da sobrevivência" como resultado dos cortes de gastos e dos congelamentos de contratações ligados às medidas de austeridade do governo.

O governo passado de Mario Monti introduziu uma série de cortes de gastos e aumentos de impostos depois de chegar ao poder no auge de uma crise financeira em novembro de 2011, buscando escorar as finanças públicas e controlar a dívida da Itália.

O governo de Letta, que assumiu o cargo em abril deste ano, está preparando retomar os cortes de gastos para que possa reduzir os impostos em uma tentativa de dar partida ao crescimento.

Milhares de intervenções cirúrgicas planejadas e consultas a especialistas serão adiadas por causa da greve, mas os serviços de emergência não serão afetados, segundo o site do CGIL.

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