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Médicos alertam para colapso do sistema de saúde

Por meio de relatório, a organização humanitária Médicos sem Fronteiras (MSF) destacou que mais de um terço dos hospitais da Síria já não funcionam


	Conflitos na Síria: as Nações Unidas estimam que mais de 70 mil pessoas tenham morrido desde o início da revolta na Síria, em março de 2011.
 (Khalil Ashawi/Reuters)

Conflitos na Síria: as Nações Unidas estimam que mais de 70 mil pessoas tenham morrido desde o início da revolta na Síria, em março de 2011. (Khalil Ashawi/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2013 às 14h24.

Brasília – A organização humanitária Médicos sem Fronteiras (MSF) alertou hoje (7) que o sistema de saúde sírio entrou em colapso após quase dois anos de conflito e que a cooperação internacional não é suficiente para responder à catástrofe no país.

Por meio de relatório, o grupo destacou que mais de um terço dos hospitais da Síria já não funcionam e apelou às partes envolvidas no conflito para que permitam a entrada de ajuda humanitária.

"O sistema de saúde da Síria, que antes funcionava bem, entrou em colapso. A falta de alimentos é comum e o abastecimento de água e eletricidade está gravemente afetado", informou o MSF.

A organização alertou que as partes envolvidas no conflito na Síria devem negociar um acordo sobre ajuda humanitária para facilitar a entrada de suprimentos a partir de países vizinhos e por meio das chamadas linhas de combate.

O grupo, conhecido por prestar cuidados de saúde em zonas problemáticas do mundo, destacou que os serviços médicos se tornaram vítimas regulares do combate. "A ajuda médica é alvejada, os hospitais destruídos e o pessoal médico capturado", disse a presidenta do MSF, Marie-Pierre Allie.

Segundo a organização, a ajuda internacional na Síria é "extremamente restringida" nas áreas controladas pela oposição e a "capacidade das organizações humanitárias de entregarem ajuda imparcial no país deve ser urgentemente aumentada".

O grupo garantiu estar operando em três hospitais no Norte da Síria, controlados pela oposição, apesar de não ter autorização por parte do governo de Damasco.

As Nações Unidas estimam que mais de 70 mil pessoas tenham morrido desde o início da revolta na Síria, em março de 2011, e que cerca de 1 milhão de pessoas já tenham fugido do país para escapar da violência.

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