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Médicos ainda prescrevem antibióticos em excesso nos EUA

Segundo pesquisa, médicos prescrevem antibióticos para seis em cada dez pacientes com dor de garganta, embora apenas uma infecção em cada dez seja severa

Coleta de bactérias é vista em laboratório de Antuérpia, 13 de agosto de 2013 (Jorge Dirkx/Reuters)

Coleta de bactérias é vista em laboratório de Antuérpia, 13 de agosto de 2013 (Jorge Dirkx/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2013 às 22h24.

Washington - Os médicos americanos prescrevem antibióticos para seis em cada dez pacientes com dor de garganta, embora apenas uma infecção em cada dez seja severa o suficiente para justificar sua prescrição, anunciaram pesquisadores nesta quinta-feira.

O excesso de antibióticos é perigoso, porque contribui para o aumento de bactérias que criam resistência ao tratamento.

Autoridades americanas do setor de Saúde advertiram, reiteradamente, que quase todas as principais infecções bacterianas no mundo estão se tornando resistentes aos mais comuns tratamentos com antibióticos.

O último estudo realizado por Michael Barnett e Jeffrey Linder, da Universidade de Harvard e do Brigham and Women's Hospital, incluem dados de mais de 8.100 visitas a consultório e salas de emergência, no intervalo 1997-2010.

Inicialmente, os percentuais de prescrição de antibióticos se situavam em 80% e, na década passada, caíram para 60%, segundo o estudo publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA).

"Entre os adultos que solicitaram tratamento por dor de garganta, a prevalência da infecção pelo grupo A Streptococcus (GAS) - a única causa comum de dor de garganta que requer antibióticos - foi de cerca de 10%", constata o estudo.

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