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Médico infectado por ebola não traz riscos para americanos

Centro de Controle e Prevenção de Doenças afirmou que procedimentos para tratar o médico que está sendo atendido em hospital em Atlanta são seguros


	Centro de tratamento do Ebola, na Libéria: médico americano que contraiu a doença está sendo tratado nos Estados Unidos
 (Zoom Dosso/AFP)

Centro de tratamento do Ebola, na Libéria: médico americano que contraiu a doença está sendo tratado nos Estados Unidos (Zoom Dosso/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2014 às 13h22.

Nova York - O chefe do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, Thomas Frieden, disse neste domingo que o médico norte-americano infectado com o vírus Ebola na África não representa risco para a população do país.

Frieden disse entender por que os norte-americanos estão com medo do vírus, que já matou mais de 700 pessoas em três países africanos no surto atual. "É uma morte horrível. É um vírus terrível, implacável", disse em entrevista ao programa de TV Fox News Sunday.

O médico Kent Brantly, infectado enquanto trabalhava em um centro de tratamento de Ebola na Libéria, foi isolado durante o transporte para os EUA e em um hospital de Atlanta, para que o vírus não se espalhasse. Segundo Frieden, o paciente "parece estar melhor e isso é animador".

Brantly chegou no sábado ao hospital da Universidade de Emory. Outra norte-americana que trabalhava no centro de tratamento da Libéria, Nancy Writebol, deve chegar ao hospital nos próximos dias.

Frieden disse que a medida mais importante que as autoridades poderiam tomar para proteger os norte-americanos seria interromper a propagação do vírus na África. Segundo ele, as autoridades de saúde pública sabem como fazer isso, mas levaria muito tempo para encontrar pacientes com Ebola e isolá-los para impedir a disseminação do vírus. Não há cura para a doença.

O diretor do CDC disse que não há absolutamente nenhuma necessidade de cancelar uma reunião de cúpula entre Estados Unidos e nações africanas agendada para esta semana em Washington. Chefes de Estado e delegações de cerca de 50 países africanos estão chegando a Washington para uma série de reuniões com o presidente Barack Obama e outras autoridades dos EUA.

"Há 50 milhões de viajantes de todo o mundo que vêm para os EUA a cada ano", disse Frieden. "Elas são essenciais para a nossa economia, nossas famílias e nossas comunidades. Nós não vamos selar hermeticamente este país. O que podemos fazer é colocar em prática procedimentos sensatos de triagem." 

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