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Médico do Papa desaconselhou viagens de avião

O médico teria dito a Bento XVI que a viagem para a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, em julho, deveria ser evitada

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2013 às 12h41.

Cidade do Vaticano - Os problemas de saúde do papa Bento XVI pareceram se multiplicar nos últimos anos e seu médico o desaconselhou fortemente a viajar de avião. A revelação foi feita nesta quarta-feira no blog Vatican Insider, de Marco Tosatti, setorista do Vaticano do jornal La Stampa, explicando a renúncia do pontífice.

"Reli minhas anotações dos últimos anos sobre a saúde do papa, confidências feitas por pessoas próximas a ele e que eu havia prometido não revelar enquanto ele estivesse ocupando o cargo. Sua demissão me liberou deste compromisso", explicou o expert.

Há dois anos o Papa "já não conseguia dormir à noite, mas se recusava a tomar tranquilizantes", escreve o jornalista que explica assim porque Bento XVI "tinha sempre um ar cansado".

Seu médico pessoal teria então indicado que Joseph Ratzinger poderia continuar com suas atividades desde que "tivesse a tensão sob controle".

"Neste momento a tensão era o principal problema do Papa, pois sua tensão era muito irregular. O médico disse: atenção sobretudo com viagens. Ele insistia que o papa ficasse o mínimo necessário em aviões", continuou Marco Tosatti.


"Parece-me que foi dito expressamente ao Papa que a viagem para a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro (de 23 a 28 de julho deste ano) deveria ser evitada", disse o vaticanista.

Além disso, revela o analista, o Papa demissionário "praticamente não enxerga mais com o olho esquerdo" e "cai da cama durante as viagens, caso o colchão seja muito pequeno", como aconteceu há dois anos no Vale de Aosta, na Itália.

"Ele se cansa rapidamente, tem muita dificuldade para levantar pela manhã, às vezes dorme nove horas seguidas porque precisa de repouso", escreveu Tosatti.

"Olhando minhas anotações, vejo uma deterioração progressiva da saúde e da energia do Papa, um quadro geral que justifica plenamente a difícil decisão que ele tomou", concluiu Marco Tosatti.

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