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Médico cubano curado do ebola quer voltar para Serra Leoa

Félix Sarría, que contraiu o ebola quando trabalhava em Serra Leoa e conseguiu se curar, disse que voltará ao país africano para terminar sua missão


	Médico faz teste de ebola em Serra Leoa: profissional infectado e curado quer continuar sua missão no país africano
 (Tommy Trenchard/Reuters)

Médico faz teste de ebola em Serra Leoa: profissional infectado e curado quer continuar sua missão no país africano (Tommy Trenchard/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2014 às 14h47.

Havana - O médico cubano Félix Báez Sarría, que contraiu o ebola quando trabalhava em Serra Leoa e foi atendido em um hospital de Genebra, na Suíça, afirmou que voltará ao país africano para terminar sua missão de combate à epidemia, informou a imprensa local neste domingo.

"Eu voltarei a Serra Leoa e terminarei o que comecei", declarou Báez Sarría ao chegar em Havana, no sábado, para se reunir com a família após superar a doença, segundo o jornal "Juventud Rebelde".

O médico cubano disse estar "muito contente e feliz" durante a recepção na ilha, da qual participaram o ministro cubano de Saúde Pública (Minsap), Roberto Morales, junto aos vice-ministros do setor, José Ángel Portal e Marcia Cobas, seu filho Félix Alejandro e sua esposa Vania.

Báez agradeceu a todos os contribuíram para a sua recuperação e aos que se preocuparam com seu estado de saúde.

"Agora vou recuperar totalmente meu estado de saúde", acrescentou.

Félix Báez Sarría retornou a Cuba depois que o Hospital Universitário de Genebra, onde foi tratado, informou que os últimos exames de laboratório realizados confirmaram que ele estava livre do vírus do ebola e que poderia receber alta e retornar a seu país sem nenhum risco de contágio.

O diretor do Instituto de Medicina Tropical Pedro Kourí de Havana, Jorge Pérez, que acompanhou o médico enquanto se curava do ebola em Genebra, falou sobre o desejo de Báez voltar a Serra Leoa.

"Eles (os trabalhadores da saúde cubanos) foram para lá voluntários, retornarão voluntários, ele voltará voluntário. Tem todas as prerrogativas de fazer o que quiser porque definitivamente é uma pessoa que passou por uma situação difícil", assinalou.

Báez integrava a Brigada do Contingente Internacional Henry Reeve de Cuba, que prestava atendimento a doentes de ebola em Serra Leoa, onde contraiu a doença, desde o início de outubro.

Os primeiros sintomas de febre que apresentou foram notados no dia 16 de novembro. Um dia depois, o exame ao qual foi submetido deu positivo para o ebola.

Atendido primeiramente no Centro de Tratamento para o ebola Kerry Town, na capital de Serra Leoa, Báez foi transferido para a Suíça, em estado grave, a pedido da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em Genebra, recebeu dois tratamentos experimentais: uma combinação de plasma artificial com anticorpos e um antiviral, tratamento que começou a fazer efeito a partir do sexto dia, durante os 16 dias que esteve hospitalizado.

Cuba enviou ao todo três brigadas integradas por 256 especialistas em saúde, incluindos médicos e enfermeiros, aos países mais castigados pela epidemia de ebola na África Ocidental, 165 deles a Serra Leoa,e outros 83 a Libéria e Guiné.

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