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Médico com suspeita de ebola é examinado em Nova York

Médico voltou para os Estados Unidos vindo da África Ocidental com febre e sintomas gastrointestinais


	Temperatura de passageira é medida em aeroporto, como parte da luta contra o ebola
 (Kenzo Tribouillard/AFP)

Temperatura de passageira é medida em aeroporto, como parte da luta contra o ebola (Kenzo Tribouillard/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2014 às 19h33.

Nova York - Um médico da organização humanitária Médicos Sem Fronteiras que voltou recentemente aos Estados Unidos vindo da África Ocidental está sendo submetido a exames para detecção do ebola em um hospital da cidade de Nova York, disseram autoridades da saúde nesta quinta-feira, renovando os temores sobre a disseminação do vírus.

Ele teve febre e apresentou sintomas gastrointestinais, disse o Departamento de Saúde e Higiene Mental em um comunicado. Resultados de exames preliminares devem ficar prontos nas próximas 12 horas.

O médico foi identificado como Craig Spencer, que mora no bairro do Harlem, em Manhattan, de acordo com o vereador da cidade de Nova York Mark Levine.

"Uma pessoa na cidade de Nova York, que trabalhou recentemente com o grupo Médicos Sem Fronteiras em um dos países afetados pelo ebola na África Ocidental, notificou nosso escritório nesta manhã para relatar o surgimento de uma febre", afirmou a organização no comunicado.

O indivíduo relatou a febre imediatamente, declarou o MSF, acrescentando que notificou de imediato o Departamento de Saúde da cidade de Nova York.

O paciente, que voltou ao país nos últimos 21 dias, está sendo examinado no hospital Bellevue, segundo o departamento. O período máximo de incubação do vírus é de 21 dias.

O Bellevue é um dos oito hospitais do país designados no início do mês para integrar o plano de combate ao ebola.

O departamento afirmou estar rastreando todos os contatos do paciente para identificar qualquer pessoa que possa estar correndo um risco em potencial e que o paciente foi transportado por uma unidade especialmente treinada usando equipamento de proteção.

Os temores sobre a disseminação do ebola, que já matou quase 4.900 pessoas sobretudo na Libéria, em Serra Leoa e na Guiné, cresceram nos EUA desde que a primeira pessoa diagnosticada com a doença no país, um liberiano que viajou para o Texas, foi hospitalizado em Dallas no mês passado. 

Ele morreu em 8 de outubro e duas enfermeiras que o trataram foram infectadas pelo vírus.

Nesta semana, os EUA começaram a exigir que viajantes vindos dos três países mais assolados pela febre hemorrágica entrem em seu território por um de cinco aeroportos que estão realizando vistorias mais rigorosas em busca de sinais do vírus.

As autoridades também estão encaminhando estes passageiros para verificações diárias com agentes de saúde, e eles terão que informar suas temperaturas e quaisquer sintomas do ebola durante o período de incubação do vírus.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta quinta-feira que estes exames na chegada podem ter “um efeito limitado” para deter a propagação da doença, mas caberá aos governos decidirem se essas verificações acrescetam algo àquelas feitas na partida de viajantes da região contaminadas.

O Estado de Connecticut colocou seis africanos oriundos do oeste do continente recém-chegados aos EUA em quarentena por causa de uma possível exposição ao ebola.

A família, que ingressou nos EUA no sábado e pretendia viver no país, será observada durante 21 dias, informaram autoridades de saúde estaduais. O governo local ainda não disse de onde a família veio.

Texto atualizado às 20h31min do mesmo dia, para adicionar mais informações.

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