Mundo

Médico contaminado pelo ebola na África chega aos EUA

O médico americano é o primeiro paciente de ebola tratado em um hospital dos Estados Unidos


	Neste último surto de ebola, segundo a OMS, 1.323 contágios e 729 mortes já foram registrados
 (Tommy Trenchard/Reuters)

Neste último surto de ebola, segundo a OMS, 1.323 contágios e 729 mortes já foram registrados (Tommy Trenchard/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2014 às 13h16.

Atlanta - O médico americano Kent Brantly, contagiado pelo vírus do ebola na África Ocidental, chegou neste sábado ao Hospital Universitário de Emory, na cidade de Atlanta, no sul dos Estados Unidos, onde ficará internado em uma sala de isolamento.

Brantly, um médico voluntário americano que trabalhava na Libéria, aterrissou em um voo especial na base aérea Dobbins, nos arredores de Atlanta, e seguiu ao hospital citado em uma ambulância com medidas de segurança especiais.

O médico, o primeiro paciente de ebola tratado em um hospital dos Estados Unidos, também recebeu escolta policial até o centro médico, um dos quatro no país que conta com uma unidade de isolamento para tratar doenças altamente contagiosas.

Além de Brantly, a missionária Nancy Writebol, outra voluntária contagiada pela doença na Libéria, também deverá ser transferida ao país no início da próxima semana. Atualmente, seu estado é estável, segundo fontes médicas citadas pela imprensa local.

Ambos os pacientes receberam um tratamento experimental antes de deixar o país africano, um dos mais afetados pelo pior surto de ebola na história junto à Guiné e Serra Leoa.

Representantes do Hospital Universitário de Emory descartaram a existência de um risco de contágio em massa com a chegada dos dois pacientes contaminados pelo ebola.

'Contamos com uma grande quantidade de medidas de segurança em nosso hospital e não achamos que exista um risco para as pessoas que trabalham ou vêm ao nosso hospital', declarou ontem em entrevista coletiva Bruce Ribner, um dos médicos que estará em contato direto com os pacientes.

Porta-vozes do centro médico assinalaram que a missionária Writebol será internada na mesma unidade de isolamento de Brantly, espaço que foi condicionado com o apoio dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

As autoridades americanas subiram ao nível máximo seu alerta sobre viajes para Guiné, Libéria e Serra Leoa devido à epidemia de ebola que resultou na morte de mais de 700 pessoas e que segue fora de controle na África Ocidental.

Na última quarta-feira, o Departamento de Estado confirmou a morte de um americano na Nigéria. Identificado pela imprensa local como Patrick Sawyer, de 40 anos, o americano teria contraído o vírus na Libéria.

Neste último surto de ebola, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1.323 contágios e 729 mortes já foram registrados. 

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaDoençasEbolaEpidemiasEstados Unidos (EUA)Países ricosSaúde

Mais de Mundo

Mais de R$ 4,3 mil por pessoa: Margem Equatorial já aumenta pib per capita do Suriname

Nicarágua multará e fechará empresas que aplicarem sanções internacionais

Conselho da Europa pede que países adotem noção de consentimento nas definições de estupro

Tesla reduz preços e desafia montadoras no mercado automotivo chinês