Médicos vestem roupas de proteção contra o Ebola na Libéria: médico americano apresentou melhoras (Zoom Dosso/AFP)
Da Redação
Publicado em 5 de agosto de 2014 às 13h16.
Washington - O médico americano Kent Brantly, contaminado pelo ebola na África Ocidental e que está em tratamento em um hospital da cidade de Atlanta, no sul dos Estados Unidos, mostou sinais de "melhora", afirmou neste domingo Tom Frieden, diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC).
"É encorajador ver que aparentemente melhorou. Isso é muito importante e esperamos que continue a melhorar", disse Frieden em entrevista ao canal "Fox".
Brantly, de 33 anos, chegou ontem à Atlanta, onde permanece internado em uma sala de isolamento do Hospital Universitário de Emory.
"Sabemos como deter o ebola, já tentamos e há mecanismos que funcionam", acrescentou Frieden ao comentar os temores expressados pela transferência do médico contaminado na Libéria para os EUA, onde é o primeiro paciente infectado a ser tratado no país.
Embora não exista vacina contra a doença, os médicos americanos esperam estabilizar Brantly compensando a perda de fluidos até que o corpo se adapte e seu sistema imunológico consiga combater a doença.
A esposa do médico, Amber Brantly, conversou com ele no hospital e disse estar grata como esforço realizado para trazê-lo para casa.
"Foi um alívio dar as boas-vindas a Kent hoje. Falei com ele, está contente de estar outra vez nos EUA. Estou grata a Deus por sua viagem segura e por ter dado a ele forças para entrar no hospital", afirmou o comunicado.
Espera-se que nos próximos dias chegue ao mesmo centro hospitalar a missionária Nancy Writebol, que também foi infectada na Libéria.
O avião com o isolamento necessário para a viagem só tem capacidade para uma pessoa, e o aparelho que trouxe Brantly deve retornar à Libéria para transportar Writebol.
As autoridades americanas subiram para o nível máximo o alerta de viagens para Guiné, Libéria e Serra Leoa devido ao surto de ebola.
Já foram confirmadas 1.323 pessoas infectadas, e 729 mortes, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A doença, transmitida por contato direto com o sangue ou outros fluidos corporais de pessoas ou animais infectados, causa hemorragias graves e sua taxa de mortalidade chega a 90%.