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Médica pedirá salário do Mais Médicos que foi prometido

Ramona denunciou que recebia apenas US$ 400 por mês e outros US$ 600 eram depositados mensalmente em uma conta em Cuba

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2014 às 16h25.

São Paulo - A médica cubana Ramona Matos Rodríguez, que abandonou o programa Mais Médicos, pedirá na Justiça uma indenização por danos morais e a parte do salário oferecido pelo governo que, segundo ela, não foi pago durante os quatro meses em que trabalhou no Brasil.

Ramona denunciou que recebia apenas US$ 400 por mês e outros US$ 600 eram depositados mensalmente em uma conta em Cuba e seriam entregues somente após o término do contrato.

No entanto, o acordo entre o governo brasileiro e o cubano prevê o pagamento de R$ 10 mil mensais para cada profissional.

De acordo com representantes do DEM, a ação judicial para recuperar parte do salário estabelecido será redigida pela assessoria jurídica do partido e encaminhada à Justiça Trabalhista do Pará.

"Queremos que ela seja ressarcida não só do diferencial de R$ 9 mil por mês que ela não recebeu, mas também todos os direitos trabalhistas, como FGTS, e também danos morais", explicou o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO).

O líder do partido, Mendonça Filho, afirmou que a formação sugerirá a abertura de uma ação coletiva para que todos os médicos cubanos contratados no Brasil possam receber a porcentagem salarial que supostamente foi destinada ao governo cubano.

"Vamos pedir que a Procuradoria-Geral do Trabalho patrocine uma ação coletiva a todos os médicos cubanos que estão sendo tratados de forma desigual, desumana e desrespeitosa", declarou.

Após abandonar o posto de saúde no qual trabalhava na cidade de Pacajá, a cubana pedirá refúgio no Brasil e asilo nos Estados Unidos, segundo as fontes do partido.

Enquanto as autoridades avaliam a solicitação, a médica começará a trabalhar a partir da segunda-feira da próxima semana em um cargo administrativo na Associação Médica Brasileira, que reiterou em mais de uma ocasião sua oposição ao programa Mais Médicos, disse uma porta-voz da associação à Agência Efe. 

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