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Mediador da ONU visita Síria após pacto entre EUA e Rússia

No entanto, em discurso ontem à noite, o presidente sírio, Bashar al Assad, disse que via "difícil" o cumprimento desta medida


	Aleppo: apesar da proposta de cessar-fogo, a viagem de De Mistura ocorre no meio de um aumento da violência no país árabe
 (Abdalrhman Ismail / Reuters)

Aleppo: apesar da proposta de cessar-fogo, a viagem de De Mistura ocorre no meio de um aumento da violência no país árabe (Abdalrhman Ismail / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2016 às 07h57.

Beirute - O enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, visita nesta terça-feira Damasco para se reunir com responsáveis deste país, após EUA e Rússia acordarem, na semana passada, uma cessação das hostilidades no território sírio.

A porta-voz do mediador, Jessy Chahine, informou à Agência Efe por telefone que De Mistura chegou ontem à noite à capital síria, sem dar mais detalhes sobre sua viagem.

Na quinta-feira, Washington e Moscou anunciaram que tinham acordado um cessar-fogo na Síria no prazo de uma semana e um aumento da ajuda humanitária neste país.

No entanto, em discurso ontem à noite, o presidente sírio, Bashar al Assad, disse que via "difícil" o cumprimento desta medida.

"Querem um cessar-fogo em uma semana. Quem pode reunir todas as condições e reivindicações em uma semana? Ninguém", apontou o líder sírio em discurso divulgado por veículos de comunicação oficiais.

Nesse sentido, "quem falará com uma organização terrorista que rejeite o cessar-fogo? Quem se responsabilizará? Quem a bombardeará, como dizem? Do ponto de vista prático são palavras complicadas e nós falamos de fundamentos", indicou.

Apesar da proposta de cessar-fogo, a viagem de De Mistura ocorre no meio de um aumento da violência no país árabe.

Segundo dados da ONU, pelo menos 50 pessoas, entre elas menores de idade, morreram ontem pelos ataques com mísseis contra cinco edifícios médicos e duas escolas na Síria.

O mediador da ONU impulsionou entre o final de janeiro e princípios de fevereiro a realização de negociações indiretas em Genebra entre o governo e a oposição, que foram suspensas até o próximo dia 25, no meio de uma ofensiva do regime, apoiado pela aviação russa, na província setentrional de Aleppo.

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