Mundo

Mediação egípcia propõe adiar pontos discordantes sobre Gaza

Últimas discussões são consideradas cruciais, a cerca de seis horas da expiração de uma trégua observada desde segunda-feira

Casas destruídas no norte da Faixa de Gaza: cessar-fogo deve expirar hoje (13) (Roberto Schmidt/AFP)

Casas destruídas no norte da Faixa de Gaza: cessar-fogo deve expirar hoje (13) (Roberto Schmidt/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2014 às 15h01.

Cairo - A mediação egípcia das negociações entre israelenses e palestinos no Cairo para tentar tornar permanente o cessar-fogo na Faixa de Gaza propôs nesta quarta-feira o adiamento de pontos de divergência persistentes, de acordo com um documento.

Estas últimas discussões são cruciais, a cerca de seis horas da expiração de uma trégua observada desde segunda-feira.

A delegação palestina também reafirmou à AFP que o Hamas, o movimento islâmico que controla a Faixa de Gaza, recusou-se a se desarmar conforme exigido por Israel.

A inteligência egípcia, que conduz a mediação, propôs aos beligerantes que entrem em acordo sobre um cessar-fogo permanente e que adiem em um mês as discussões sobre as principais exigências dos palestinos: a abertura de uma porto e de um aeroporto para aliviar o bloqueio asfixiante ao enclave, de acordo com as propostas escritas que um jornalista da AFP teve acesso.

No mesmo documento, os mediadores também propõem a prorrogação por um mês das discussões sobre um outro obstáculo para a paz: a restituição por parte do Hamas dos corpos de dois soldados israelenses em troca da libertação de prisioneiros palestinos.

Além disso, o Egito propõe um acordo de cessar-fogo permanente que prevê a diminuição gradativa da zona tampão ao longo da fronteira da Faixa de Gaza com Israel, e que esta seja colocada sob a supervisão da Autoridade Palestina com base na Cisjordânia e dirigida pelo presidente Mahmud Abbas.

O Hamas, o principal alvo da ofensiva de Israel iniciada em 8 de julho em Gaza, controla de fato o enclave.

Quanto ao levantamento do bloqueio de Gaza, exigido pelos palestinos, o documento egípcio é vago, dizendo apenas que os pontos de passagem fechados seria reabertos sob os acordos entre Israel e a Autoridade Palestina.

Acompanhe tudo sobre:Conflito árabe-israelenseFaixa de GazaHamasIsraelPalestina

Mais de Mundo

Por que as inundações na Espanha deixaram tantos mortos?

Autoridades venezuelanas intensificam provocações ao governo Lula após veto no Brics

Projeto de energias renováveis no Deserto de Taclamacã recebe aporte bilionário da China

Claudia Sheinbaum confirma participação na Cúpula do G20 no Rio de Janeiro