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May se reúne com autoridades da UE para avançar o Brexit

Sob pressão doméstica, premiê britânica tem oferecido mais concessões no diálogo com a UE nas últimas semanas

Theresa May: britânicos sinalizam que podem aceitar a maior parte das exigências da UE para um acordo financeiro (Toby Melville/Reuters)

Theresa May: britânicos sinalizam que podem aceitar a maior parte das exigências da UE para um acordo financeiro (Toby Melville/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de dezembro de 2017 às 10h40.

Bruxelas - A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, está nesta segunda-feira em Bruxelas, onde terá importantes reuniões com autoridades da União Europeia. May tenta convencer as lideranças a avançar nas negociações sobre a saída do país do bloco, o chamado Brexit, mais adiante neste mês.

Sob pressão doméstica, May tem oferecido mais concessões no diálogo com a UE nas últimas semanas, em uma tentativa de garantir a aprovação por outros líderes da UE de que as conversas sobre a relação comercial futura podem começar. Será preciso discutir também um acordo para o período de transição desse processo.

Londres sinaliza que pode aceitar a maior parte das exigências da UE para um acordo financeiro e as diferenças têm diminuído em relação aos direitos futuros dos cidadãos do bloco no Reino Unido. Além disso, será preciso discutir como ficará a fronteira na ilha da Irlanda após o Brexit, o que ainda é ponto de discórdia. Os líderes da UE querem avançar nesses três aspectos antes de permitir que se passe aos próximos pontos.

May e o secretário para o Brexit, David Davis, terão um almoço de trabalho com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e se reúnem mais tarde com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. O negociador da UE para o Brexit, Michel Barnier, pode estar presente no almoço.

Integrantes da República da Irlanda temem que a decisão do Reino Unido de deixar a UE, marcada para março de 2019, ameaça laços das empresas irlandesas e também sociais, que se aprofundaram desde o fim da violência na região, há quase duas décadas. Caso as regras futuras sobre temas como agricultura e saúde animal sejam diferentes na Irlanda do Norte, que é parte do Reino Unido, a República da Irlanda, integrante da UE, teme que uma fronteira mais rígida seja necessária.

O ministro das Relações Exteriores irlandês, Simon Coveney, afirmou na segunda-feira que as autoridades trabalham nesta segunda-feira em um texto que possa aproveitar os compromissos do Reino Unido, mas dizem não saber quanto tempo durará. "Nós ainda não temos um acordo", afirmou ele à rádio irlandesa.

Os líderes da UE se reúnem em Bruxelas em 14 e 15 de dezembro. Fonte: Dow Jones Newswires.

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