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May e Kenny irão "proteger" o processo de paz norte-irlandês

Os dois compareceram em entrevista coletiva conjunta após tratarem sobre a futura relação entre Reino Unido e Irlanda após o voto pela saída da União Europeia


	May e Kenny: eles também trabalharão para preservar "a área de circulação comum", muito importante para as relações comerciais entre os dois países
 (Stefan Rousseau/Pool/Reuters)

May e Kenny: eles também trabalharão para preservar "a área de circulação comum", muito importante para as relações comerciais entre os dois países (Stefan Rousseau/Pool/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2016 às 14h20.

Londres - A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, e seu colega da República da Irlanda, Enda Kenny, se comprometeram nesta terça-feira a "proteger" o processo de paz norte-irlandês independente das mudanças que podem ocorrer na relação bilateral com o "Brexit".

May e Kenny compareceram em entrevista coletiva conjunta após manterem a primeira reunião em Londres, na qual trataram sobre a futura relação dos dois países depois do voto pela saída da União Europeia (UE) no referendo britânico de 23 de junho.

Ao início do discurso, ambos expressaram suas condolências pelo ataque de hoje na igreja de Saint-Étienne-du-Rouvray, junto à cidade francesa de Rouen, no qual morreu um sacerdote e os dois agressores.

Posteriormente, May disse que a prioridade para seu país e a Irlanda será "continuar dando impulso ao processo de paz" na Irlanda do Norte.

Ambos também trabalharão para preservar "a área de circulação comum", muito importante para as relações comerciais entre os dois países, e os dois dirigentes reiteraram que não desejam ver erguida uma fronteira real entre o norte e o sul da Irlanda.

Como parte do Reino Unido, a Irlanda do Norte, embora tenha votado a favor da permanência na UE, está submissa às condições do "Brexit", enquanto a República da Irlanda continua sendo membro pleno da UE.

May e Kenny acordaram manter as atuais reuniões anuais para fortalecer a relação entre os dois Estados e estabelecer uma comissão independente de análise dos assuntos que preocupam as duas ilhas britânicas.

A primeira-ministra britânica, que na campanha do referendo defendeu a permanência mas com reservas, insistiu que o Reino Unido pode fazer com que "o 'Brexit' seja um êxito" e permita "ir para frente e não retroceder".

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