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May condena política migratória dos EUA, mas mantém visita de Trump

As imagens de crianças detidas no que parecem ser jaulas são profundamente preocupantes, disse a primeira-ministra britânica durante na Câmara dos Comuns

O presidente Donald Trump viajará a Londres no dia 13 de julho para se reunir com a primeira-ministra britânica (Loren Elliott/Reuters)

O presidente Donald Trump viajará a Londres no dia 13 de julho para se reunir com a primeira-ministra britânica (Loren Elliott/Reuters)

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EFE

Publicado em 20 de junho de 2018 às 11h01.

Última atualização em 20 de junho de 2018 às 11h02.

Londres - A primeira-ministra britânica, Theresa May, condenou nesta quarta-feira no Parlamento a política migratória do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas adiantou que não tem planos de cancelar a próxima visita do americano ao Reino Unido.

O presidente dos EUA viajará a Londres no dia 13 de julho, quando se reunirá com May, que hoje manifestou sua "profunda preocupação" com a atitude de Trump em relação à imigração.

O governo americano reconheceu na semana passada que de 19 de abril a 31 de maio separou dos pais 2 mil menores de idade que cruzaram a fronteira com o México de forma irregular.

"As imagens de crianças detidas no que parecem ser jaulas são profundamente preocupantes", disse hoje a chefe do governo britânico durante a sessão semanal de perguntas e respostas na Câmara dos Comuns.

Contudo, a primeira-ministra ressaltou a "especial relação" que une Reino Unido e EUA, e qualificou a visita de Trump como uma oportunidade para dizer a ele que seu governo não está de acordo com sua política migratória.

"Temos interesses fundamentais em comum. É certo que podemos nos sentar e discutir com o presidente de um país com o qual continuaremos tendo uma relação especial a longo prazo", afirmou.

A política de Trump de "tolerância zero" com a imigração ilegal, assim como sua decisão de deixar o conselho de Direitos Humanos da ONU, geraram críticas ao redor do mundo e colocaram o presidente americano em um dos momentos mais complicados desde a sua chegada à Casa Branca, em janeiro do ano passado.

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