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May afirma que parlamento deve optar entre acordo ou eleições europeias

Acordo prevê um adiamento da saída até 22 de maio, desde que o parlamento britânico vote a favor do acordo na próxima semana

Theresa May: premiê insistiu que seguirá trabalhando para conseguir o apoio da Câmara dos Comuns (Piroschka Wouw/Reuters)

Theresa May: premiê insistiu que seguirá trabalhando para conseguir o apoio da Câmara dos Comuns (Piroschka Wouw/Reuters)

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EFE

Publicado em 22 de março de 2019 às 08h13.

Bruxelas — A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, afirmou nesta quinta-feira, 21, que a prorrogação condicional do Brexit concedida pela União Europeia (UE) significa que os parlamentares britânicos devem decidir entre apoiar o acordo de saída pactuado pelo seu governo ou ver-se obrigados a convocar eleições europeias.

O acordo alcançado pelos 27 membros que permanecerão na UE prevê um adiamento da saída do Reino Unido até 22 de maio, desde que o parlamento britânico vote a favor do acordo na próxima semana e, caso a Câmara dos Comuns não dê seu apoio ao texto, fixa um limite até 12 de abril para que o governo britânico proponha um plano alternativo.

Para May este acordo deixa claro quais são as opções para a Câmara dos Comuns se quiserem cumprir o mandato que receberam dos britânicos em 2016, quando votaram em referendo para sair da UE.

Por um lado, segundo disse, "aprovar o texto na próxima semana, o que implica em uma extensão até 22 de maio para ratificar a legislação, cumprir com o referendo e deixar a UE de forma ordenada".

Por outro, "não aprová-lo significa que teríamos que voltar ao Conselho Europeu com um plano para seguir adiante, mas, se isto implica em uma extensão mais longa, significa que teríamos que realizar eleições europeias".

"Acredito que a escolha está clara", declarou May, que considerou que seria "errôneo pedir às pessoas para participarem destas eleições três anos depois que votaram para sair da UE".

O dia 12 de abril é a data limite para que o Reino Unido convoque eleições europeias, que acontecerão entre 23 e 26 de maio, algo que teria que fazer obrigatoriamente se continuar sendo Estado-membro da UE por um período mais longo.

May insistiu que seguirá trabalhando para conseguir o apoio da Câmara dos Comuns ao acordo que selou com Bruxelas em novembro, completado com as garantias adicionais que ofereceu a UE com o chamado "Acordo de Estrasburgo", também aprovado hoje pelos líderes.

Isto permitiria, de acordo com a primeira-ministra britânica, uma saída negociada e ordenada que seria "a melhor opção".

Apesar de May ressaltar que a decisão do Conselho Europeu desemboca na disjuntiva entre aprovar o acordo de saída ou convocar eleições europeias, o certo é que o plano alternativo que poderia apresentar chegado o 12 de abril poderia incluir uma saída sem nenhum tipo de pacto ou inclusive a revogação do artigo que ativou o Brexit.

A primeira-ministra, no entanto, não quis pronunciar-se concretamente sobre por qual alternativa se inclinaria no caso em que na próxima semana o parlamento rejeite pela terceira vez o acordo de retirada, embora tenha afirmado que não acredita que se deva revogar o Brexit, uma vez que os britânicos o respaldaram. "Sairemos da UE", garantiu.

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