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Mauritanos voltam a pedir renúncia do presidente

O deputado Jemil Ould Mansur, presidente do partido islamita Tawassul, pediu a realização de uma mobilização geral até que se consiga a queda do regime

Na semana passada, a tropa de choque da polícia local dispersou protestos com cassetetes (Getty Image)

Na semana passada, a tropa de choque da polícia local dispersou protestos com cassetetes (Getty Image)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2012 às 21h30.

Nouakchott - Milhares de pessoas voltaram nesta quarta-feira às ruas de Nouakchott, capital da Mauritânia, para pedir a saída do presidente do país, Mohamed Ould Abdel Aziz.

A Coordenação da Oposição Democrática (COD), coligação de partidos opositores que boicotaram o diálogo aberto em setembro pelo Estado com algumas legendas, convocaram a manifestação desta quarta-feira, marcada por uma grande presença das forças da ordem.

Entre os presentes estava Ely Ould Mohamed Vall, presidente da Mauritânia entre 2005 e 2007, que, em um comício, pediu aos mauritanos que contribuam à luta para tirar o país da ''catastrófica situação em que se encontra''.

Ahmed Ould Daddah, que dirige a Reunião de Forças Democráticas (RFD), disse que ''o país atravessa um período decisivo em sua história, marcada por uma crise que afeta todos os integrantes da sociedade mauritana''.

O deputado Jemil Ould Mansur, presidente do partido islamita Tawassul, pediu a realização de uma mobilização geral até que se consiga a queda do regime.

Na semana passada, a tropa de choque da polícia local dispersou protestos com cassetetes, jatos de água e gás lacrimogêneo, em uma praça no centro da cidade onde os manifestantes tinham instalado barracas e exigiam também a saída do presidente.

Mohammed Ould Abdel Aziz assumiu o poder na Mauritânia em agosto de 2008 mediante um golpe de Estado. Onze meses mais tarde, organizou e ganhou eleições e se transformou em presidente.

Apesar de a oposição ter participado daquelas eleições e ter reconhecido a vitória de Abdel Aziz, meses depois começou a denunciar atitudes ''totalitárias'' e o prolongamento do ''regime de exceção'', que, segundo eles, deslegitima o poder.

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