Mundo

Material radioativos é detectado no mar próximo a Fukushima

Segundo a AIEA, césio e iodo radioativo foram encontrados na região, mas não há detalhes sobre a gravidade do material

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de março de 2011 às 15h03.

Viena - A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou nesta quarta-feira que foram detectados materiais radioativos, entre eles iodo-131, césio-134 e césio-137, em águas de um mar próximo à usina nuclear japonesa de Fukushima Daiichi, seriamente danificada pelo terremoto e tsunami que atingiram o país.

Em um breve comunicado, a AIEA não informou a quantidade nem deu detalhes sobre gravidade da presença das partículas radioativas encontradas no mar.

A agência lembrou que obtém esta informação das autoridades japonesas, e que foi a companhia Tokyo Electric Power (Tepco) que detectou os radioisótopos.

"Para estudar uma área maior do ambiente marinho, a Agência para Ciência e Tecnologia Marinha e Terrestre (Jamstec) planeja medir a radioatividade em torno da usina" entre esta terça-feira e quarta-feira, recolhendo provas de água marinha em oito lugares, revela a agência nuclear da ONU.

Na quinta-feira, a Agência de Energia Atômica do Japão analisará as provas e publicará os resultados, acrescentou.

Será medida a concentração de radioisótopos encontrados tanto na água marinha quanto no ar e a AIEA seguirá atenta a estas informações, conclui a nota.

O organismo internacional com sede em Viena tinha anunciado na manhã desta terça-feira que as autoridades japonesas iam medir os níveis de radioatividade no mar nos arredores da usina nuclear de Fukushima, gravemente danificada pelo sismo de 11 de março.

A AIEA, cuja política de informação foi criticada pela organização ambientalista Greenpeace, manifestou sua preocupação com a situação das piscinas de resíduos nucleares da usina.

Graham Andrew, assessor técnico do organismo, manifestou à imprensa em Viena que "continuam sendo registradas algumas melhoras", mas alertou que a situação "continua sendo muito séria", com grandes níveis de poluição radioativa perto da usina.

O Greenpeace acusou a AIEA de omitir dados importantes sobre o acidente em Fukushima e minimizar a gravidade da situação, algo que qualificou como "escandaloso".

"Segundo pesquisas do Greenpeace, a AIEA não fez pública uma explosão de hidrogênio na piscina de combustível usada pelo reator 4 em Fukushima, ocorrida na semana passada", denunciaram os ecologistas em comunicado divulgado na Áustria e na Alemanha.

A AIEA reiterou que depende das autoridades japonesas para obter a informação sobre o grave acidente, embora também conte com uma equipe de especialistas que efetuam medições da radioatividade no país.

Acompanhe tudo sobre:acidentes-nuclearesÁsiaJapãoOceanosPaíses ricosUsinas nucleares

Mais de Mundo

Há chance real de guerra da Ucrânia acabar em 2025, diz líder da Conferência de Segurança de Munique

Trump escolhe bilionário Scott Bessent para secretário do Tesouro

Partiu, Europa: qual é o país mais barato para visitar no continente

Sem escala 6x1: os países onde as pessoas trabalham apenas 4 dias por semana