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Matança de rinocerontes alcança recorde na África do Sul

No final de setembro 704 rinocerontes tinham sido mortos na África do Sul, ultrapassando o recorde anual de 668 estabelecido em 2012


	Rinocerontes: maior ameaça aos estimados 22 mil rinocerontes na África do Sul vem daqueles que tentam lucrar com o mercado negro de seu chifre
 (Roberto Schmidt/AFP)

Rinocerontes: maior ameaça aos estimados 22 mil rinocerontes na África do Sul vem daqueles que tentam lucrar com o mercado negro de seu chifre (Roberto Schmidt/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2013 às 15h04.

Johanesburgo - O número de rinocerontes mortos por ladrões de chifres alcançou um novo recorde anual na África do Sul, despertando temores de uma queda acentuada na população em um país que é o lar de quase todos os rinocerontes da África.

No final de setembro 704 rinocerontes tinham sido mortos na África do Sul, ultrapassando o recorde anual de 668 estabelecido em 2012, de acordo com dados fornecidos pelo Ministério do Meio Ambiente local nesta terça-feira.

Se a tendência se mantiver no ritmo atual, mais de mil rinocerontes seriam mortos em 2014, colocando a espécie à beira de um declínio populacional que o ministério disse poder levar à extinção dos rinocerontes selvagens em aproximadamente uma década.

A maior ameaça aos estimados 22 mil rinocerontes na África do Sul vem daqueles que tentam lucrar com o mercado negro de seu chifre, que custa mais caro que o ouro.

Muitos dos ladrões vêm da vizinha Moçambique e vendem o chifre para organizações criminosas para atender à demanda cada vez maior do sudeste da Ásia, onde muitos crêem que o chifre cura câncer e alivia a ressaca.

"É preciso que as pessoas tomem vergonha. Nossos rinocerontes são mortos porque existe um mercado. Há pessoas que vêm roubar nossa herança", disse Fundisile Mketeni, destacada autoridade em biodiversidade do ministério.

Ele afirmou que uma alta nas taxas de nascimentos nos grupos de rinocerontes está suavizando o golpe, e o ministério criou uma campanha global para fechar as portas para a exportação ilegal para lugares como Vietnã, China e Tailândia, os maiores consumidores do contrabando.

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