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Mata Atlântica brasileira compensará emissões de CO2 de congresso na Espanha

Foi o que anunciou Gonzalo Echagüe, presidente da Fundação Conama

Reserva de Mata Atlântica, em São Paulo (Roberto Loffel/Veja SP)

Reserva de Mata Atlântica, em São Paulo (Roberto Loffel/Veja SP)

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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2010 às 11h46.

Madri - As emissões de gás carbônico (CO2) que forem geradas pelo 10º Congresso Nacional do Meio Ambiente (Conama) na Espanha, que será realizado em Madri entre 22 e 26 de novembro, serão compensadas por um projeto de preservação de 60 hectares de Mata Atlântica no Brasil.

Foi o que anunciou Gonzalo Echagüe, presidente da Fundação Conama, em entrevista à "EFEverde", na qual explicou que "uma das prioridades" desta edição do evento "é reduzir a pegada ecológica do próprio congresso".

"Embora tenham ocorridos importantes avanços nesses anos, continua havendo impacto ambiental, especialmente pelos deslocamentos", destacou Echagüe.

A nona edição estimou que tenham sido geradas quase 550 toneladas de gás carbônico.

"O Conama 10 compensará as emissões dos conferentes. Os presentes serão convidados para que as compensem com a iniciativa CeroCO2. O dinheiro será destinado à preservação de 60 hectares de Mata Atlântica virgem no Brasil, em uma paragem denominado Serra do Lucindo", no estado de Santa Catarina, explicou Echagüe.

O projeto está promovido pela ONG espanhola Acciónatura, em colaboração com a brasileira Apremavi.

"A Mata Atlântica do Brasil é um dos ecossistemas mais ameaçados do planeta. Estima-se que restam apenas 7% de sua extensão, quando originariamente havia ocupado 15% da superfície do Brasil, equivalente a 2,5 vezes do território espanhol", destacou.

O projeto consiste na preservação da Mata Atlântica virgem restante, bem como na restauração e reflorestamento de área degradada.

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