Mundo

Marrocos destrói rede que vendia bebês na França

A rede entrava em contato com mulheres grávidas de baixos recursos e prometia dinheiro se lhes entregassem seus bebês após o parto


	Criança francesa: a rede entrava em contato com mulheres grávidas de baixos recursos e prometia dinheiro se lhes entregassem seus bebês após o parto
 (Dirk Waem / AFP)

Criança francesa: a rede entrava em contato com mulheres grávidas de baixos recursos e prometia dinheiro se lhes entregassem seus bebês após o parto (Dirk Waem / AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2016 às 08h44.

Rabat - A polícia marroquina desmantelou uma rede que vendia crianças recém-nascidas a famílias francesas após pagamentos prévios de entre mil e 2 mil euros, informa nesta sexta-feira o jornal "Asabah".

A rede, dirigida por um marroquino residente na França, tinha seu centro em Kenitra (40 quilômetros ao norte de Rabat) e a intermediária entrava em contato com mulheres grávidas de baixos recursos às quais prometia uma quantidade de dinheiro se lhes entregassem seus bebês após o parto e registrá-los em seu nome.

Supostamente, os traficantes prometiam entregar as crianças posteriormente, uma vez que contassem com um passaporte francês, mas na realidade eram "vendidas" na França a outras famílias por quantias de entre mil e 2 mil euros.

Uma mãe que aceitou a oferta foi informada pela intermediária de que seu filho tinha morrido na França e já estava enterrado, mas ao exigir provas e não obtê-las, a denunciou perante a Procuradoria Geral.

A intermediária foi detida em uma de suas frequentes viagens para o Marrocos e a polícia descobriu que a mesma usava um passaporte no qual faltavam quatro páginas.

Há pelo menos dois casos de venda de bebês protagonizados por esta intermediária, que contou supostamente com a cumplicidade de várias pessoas (na Maternidade e no Cartório Civil) para poder realizar a falsificação dos documentos e que agora são ativamente procuradas.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaCriançasCrimeEuropaFrançaMarrocosPaíses ricosVendas

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado