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Marrocos alertou alemães sobre terrorista meses antes do ataque

Anis Amri foi morto hoje após uma troca de tiros com a Polícia da Itália, em Milão, última parada da fuga que ele começou após ataque de Berlim

Polícia italiana: as mensagens precisaram que o jovem tunisiano morava ilegalmente na Alemanha há um ano e dois meses (Reuters)

Polícia italiana: as mensagens precisaram que o jovem tunisiano morava ilegalmente na Alemanha há um ano e dois meses (Reuters)

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EFE

Publicado em 23 de dezembro de 2016 às 17h43.

Rabat - O serviço de inteligência marroquino aparentemente advertiu há mais de três meses o serviço secreto da Alemanha sobre o perigo que representava o tunisiano Anis Amri, autor do atentado de Berlim, informaram nesta sexta-feira vários jornais do Marrocos.

De acordo com o portal "Le Desk", fontes de inteligência ocidentais revelaram que a Direção Geral de Vigilância do Território do Marrocos (DGST) alertou por duas vezes o Serviço Federal de Inteligência da Alemanha (BND) da "tendência jihadista" do jovem.

Anis Amri, de 25 anos, foi morto hoje após uma troca de tiros com a Polícia da Itália, em Milão, última parada da fuga que ele começou depois de atropelar com um caminhão na noite de segunda-feira os visitantes da feira natalina no centro de Berlim, causando 12 mortes e deixando 48 feridos.

Segundo o portal, em 19 de setembro e 11 de outubro o BND foi avisado pela DGST através de cartas oficiais que Amri tinha convicção de fazer uma ação terrorista.

As mensagens precisaram que o jovem tunisiano morava ilegalmente na Alemanha há um ano e dois meses e se encontrava com dois outros seguidores do grupo terrorista Estado Islâmico: um russo, que foi enviado pelas autoridades alemãs de volta a seu país, e um marroquino, que teve o passaporte confiscado pelos serviços de segurança da Alemanha.

Por enquanto, ainda não houve qualquer reação oficial da Alemanha ou do Marrocos perante essas informações, que foram divulgadas também pela imprensa estatal alemã.

Vale destacar que a Direção Geral de Vigilância do Território do Marrocos teve um grande papel na prisão do cérebro dos atentados de Paris, em novembro de 2015, nos quais 130 pessoas morreram.

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