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Marinha dos EUA está pronta para "fazer o que for preciso" com a Venezuela

Declaração de integrante do órgão ocorre semanas após o presidente Donald Trump afirmar que analisa um bloqueio naval ao país

Marinha dos EUA: Donald Trump falou sobre bloqueio naval à Venezuela (Michael Sipah/Released/Marinha dos EUA/Flickr)

Marinha dos EUA: Donald Trump falou sobre bloqueio naval à Venezuela (Michael Sipah/Released/Marinha dos EUA/Flickr)

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AFP

Publicado em 19 de agosto de 2019 às 20h38.

A Marinha dos Estados Unidos está pronta para "fazer o que for preciso" na Venezuela, revelou nesta segunda-feira, 19, o chefe do Comando Sul dos EUA, almirante Craig Faller, semanas após o presidente Donald Trump declarar que analisa um bloqueio naval ao país.

No Rio de Janeiro para o início das manobras UNITAS - que envolvem nove países da América Latina, Estados Unidos, Reino Unido, Portugal e Japão - Faller disse que não vai "detalhar o que estamos planejando ou fazendo, mas permanecemos prontos para implementar decisões políticas e agir".

"A Marinha dos Estados Unidos é a mais poderosa do mundo. Se for adotada a decisão política para a mobilização, estou convencido de que estamos prontos para fazer o necessário".

No início do mês, Trump disse que analisava um "bloqueio ou quarentena" contra a Venezuela, em meio a uma série de sanções contra o regime do presidente Nicolás Maduro.

Faller avaliou que as sanções contra o governo Maduro estão surtindo efeito e que o líder venezuelano foi isolado.

"O foco do governo dos Estados Unidos permanece em fazer pressão sobre um regime ilegítimo para garantir que haja uma transição para um governo democrático e legítimo".

"Parte deste foco é assegurar que a ajuda humanitária possa chegar aos necessitados".

Os Estados Unidos são um dos mais de 50 países a reconhecer o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, como presidente interino da Venezuela.

Durante duas semanas, Unitas envolverá mais de 3.300 militares, e "enviará uma mensagem a Maduro e a seus aliados...", disse Faller.

"Os exercícios marítimos enviam uma mensagem ao mundo de como as democracias que trabalham juntas podem enfrentar uma série de ameaças complexas".

Consultado sobre como Maduro pode reagir aos exercícios, Faller disse: "Não sei como Maduro reage a nada".

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