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Marinha argentina cogita explosão de submarino desaparecido

Porta-voz descreveu o incidente da manhã de 15 de novembro como "anormal, singular, curto, violento e não nuclear"

Uma enorme operação pelo mar e pelo ar está em andamento em busca do submarino ARA San Juan (Armada Argentina/Reuters)

Uma enorme operação pelo mar e pelo ar está em andamento em busca do submarino ARA San Juan (Armada Argentina/Reuters)

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EFE

Publicado em 23 de novembro de 2017 às 12h58.

Última atualização em 23 de novembro de 2017 às 14h28.

Buenos Aires - A Marinha da Argentina afirmou nesta quinta-feira que foi registrado um "evento anômalo" na região na qual o submarino ARA San Juan, que desapareceu há oito dias no Oceano Atlântico com 44 tripulantes a bordo.

Segundo o capitão de navio Enrique Balbi, o embaixador da Argentina na Áustria, Rafael Grossi, especialista nuclear, afirmou em comunicação com o Governo que a "anomalia hidroacústica" registrada na quarta-feira, dia 15 de novembro, na região na qual foi reportado pela última vez o submersível, foi "um evento anômalo singular curto violento e não nuclear, condizente com uma explosão".

Em entrevista coletiva na sede central da Marinha, em Buenos Aires, Balbi pediu "prudência por respeito aos familiares" e asseverou que "até não ter certeza ou outros indícios" vai se continuar com "o esforço de busca do submarino e dos 44 tripulantes", no qual estão participando até 13 países.

Segundo tinha sido antecipado ontem, no dia 15 de novembro e apenas três horas depois de perder a comunicação com o submersível, foi detectado uma "anomalia hidroacústica" ou "barulho" perto de onde foi reportada pela última vez a sua localização, na região do Golfo de San Jorge, a 432 quilômetros do litoral da Patagônia argentina.

Após colher essa informação e fazer uma análise nos Estados Unidos, ficou determinado que se deveria avançar nesse "indício oficial", por isso que ao longo da madrugada foram deslocados para a região várias unidades de diferentes nacionalidades, a fim de tentar localizar o submarino, algo que ainda não se conseguiu.

Neste sentido, Balbi afirmou que esse indício se confirma com a informação proporcionada pelo embaixador na Áustria, que é membro da organização de controle de testes nucleares, que vela pela "não realização" de testes nucleares.

O porta-voz da corporação militar explicou que esta manhã se reuniu com o chefe da Marinha, Marcelo Eduardo Hipólito Srur, e o ministro da Defesa, Oscar Aguad, "atualizando toda a informação recebida desde ontem à noite".

É nesse momento que às 10h15 (horário local, 11h15 em Brasília) se recebeu desde a Áustria a informação de Grossi, que a transmitiu por telefone ao chanceler, Jorge Faurie, que por sua vez a contou a Aguad.

Na segunda-feira passada, o capitão de navio Gabriel Galeazzi explicou à imprensa que na quarta-feira do desaparecimento do submarino a embarcação tinha comunicado que tinha sofrido um defeito elétrico nas suas baterias, fato que, segundo disse nesse momento a Marinha argentina, não teria por que ter afetado o funcionamento do submarino.

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